Bruno está atualmente cumprindo pena na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria
A entidade revelou ainda não haver “previsão para definição sobre a transferência”
A Vara de Execuções Criminais (VEC) de Contagem, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, não se opôs a uma possível transferência do goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos de prisão pela morte da ex-amante Eliza Samudio, para presídio do município de Montes Claros (417 km de Belo Horizonte e situada na região norte do Estado).
O atleta está atualmente cumprindo pena na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem e em fevereiro deste ano assinou contrato de trabalho com um clube de futebol da cidade mineira.
De acordo com a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), órgão subordinado à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), os advogados do goleiro entregaram nesta terça-feira (15) um documento no qual o juiz Wagner Cavalieri, titular da VEC de Contagem, não colocou entrave na mudança de local de cumprimento da pena imposta a Bruno que seria feita por meio de uma permuta entre detentos.
Segundo o órgão, o documento será anexado a um pedido de troca entre presos (permuta) feito pelos defensores do jogador. A intenção da defesa é de que Bruno seja trocado por um detento que cumpre pena no presídio de Montes Claros. Conforme a Suapi, os advogados já teriam identificado um detento que supostamente mostrou interesse em ir para Contagem.
No entanto, a subsecretaria informou em nota que “todo o processo está sendo analisado, inclusive, com consultas ao judiciário de Montes Claros”. A entidade revelou ainda não haver “previsão para definição sobre a transferência”.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), a transferência do goleiro ainda precisa ser analisada sob uma série de fatores, como levantamento do comportamento do preso, similaridade das penas e a concordância do juiz da VEC de Montes Claros.
O presidente do clube de futebol Montes Claros, Ville Mocelin, havia dito, quando da assinatura do contrato com Bruno, que o goleiro receberia salário de R$ 1.430 e teria uma multa contratual fixada em R$ 2,8 milhões.
Segunda tentativa
Os advogados do goleiro já haviam tentado transferi-lo anteriormente. A intenção era que Bruno cumprisse o restante da pena em uma Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) na cidade de Nova Lima, situada na região metropolitana de Belo Horizonte.
Porém, o juiz da Vara da Infância e Juventude, Juarez Morais de Azevedo, negou o pedido. Os argumentos do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) foram que o crime não fora cometido na cidade e que o jogador conseguiu demonstrar ter residência fixa na localidade.
Outro fator para a negativa foi o fato de Bruno ter cometido uma falta grave dentro da penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria.
Em abril do ano passado, o jogador teria ameaçado dois outros detentos e um agente penitenciário. Pelo episódio, ele teve cortado um terço dos dias aos quais tinha direito para abater na pena.
Fonte: (UOL)
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