Detido, golpista que agia no DF levou mais de R$ 3 milhões de uma única vítima
Jéssica Nascimento
estagiária
THAYSE LOPES
Delegada disse que contraventor não se arrependeu dos crimes
Considerado como um dos maiores estelionatários da capital do país, Kleverton de Jesus, 26 anos, responsável pelo golpe do “bilhete premiado” - que levou R$3 milhões em joias de uma mulher, de 74 anos, em outubro do ano passado, - foi preso na última quarta-feira (10). O jovem é acusado de cometer mais de 200 golpes em diversas regiões do DF, no Entorno e até em São Paulo. Após a notícia da prisão, oito vítimas que não haviam registrado ocorrência foram à delegacia prestar queixa.
De acordo com a Polícia Civil, Kleverton de Jesus abordava as pessoas na porta de agências bancárias. Ao passar próximo à vítima, que havia acabado de realizar um saque no banco, o golpista deixava cair um cheque de alto valor. Ao encontrar e devolver o cheque para ele, a vítima era atraída para um lugar ermo com a promessa de buscar uma recompensa por ter entregue a folha. Idosos e mulheres eram as vítimas preferidas do golpista, que há algum tempo tinha como comparsa a esposa.
Segundo a delegada Cláudia Ancântara, da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (CORF), o suspeito não está arrependido dos crimes que cometeu. “Ele me disse que as pessoas pedem para serem enganadas, têm o ‘olho grande’ e são muito ambiciosas”, contou. Por dia, ao menos uma pessoa era vítima do golpe.
Kleverton encontra-se preso, preventivamente, na carceragem do DPE. Quem reconhecer o suspeito deve procurar a delegacia. “Iremos fazer um reconhecimento por foto ou pessoalmente. A vítima pode ficar tranquila pois a colocaremos em uma sala especial, onde o estelionatário não pode vê-la”, disse. A comparsa do contraventor está foragida. O nome dela é Janailda Sampaio e também está sendo acusada de crimes em São Paulo e Belo Horizonte.
Cuidados contra golpes
Desconfiar de situações inusitadas é a principal prevenção para não cair em golpes de estelionatários, segundo o especialista em segurança pública da Universidade Católica de Brasília, Nelson Gonçalves. “Não aceite nenhuma recompensa, ninguém dá nada de graça”, disse.
O especialista em segurança pública ressaltou que as pessoas nunca devem fornecer senhas para estranhos e sempre pedir ajuda somente a pessoas devidamente identificadas e autorizadas pelo banco. “Nunca tire grandes quantias de dinheiro, sempre olhe a sua volta e procure entender o que ocorre no ambiente. Bolsas grandes também são desnecessárias e chamam muita atenção dos bandidos”, disse Nelson.
Da redação do Alô
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