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População de Santo Antônio do Descoberto sofre há uma semana sem água e acumula prejuízos

Para Peterson, os problemas começaram na sexta-feira (25). Cláudia afirma passar dificuldades desde terça-feira passada e Luzieda diz que tudo teve início na quinta anterior. Independentemente do dia exato, o fato é que a população de Santo Antônio do Descoberto-GO, na Região Metropolitana do Distrito Federal, está sem água há cerca de uma semana. Nem mesmo o prefeito do município escapou.

“Nos reunimos com a Saneago ontem [terça-feira] e eles garantiram que o fornecimento de água estará normalizado até amanhã à noite”, disse o prefeito Itamar Lemes do Prado, cuja casa no centro da cidade está sem abastecimento há vários dias, assim como grande parte de Santo Antônio, que tem mais de 63 mil habitantes de acordo com o IBGE.

A solução parece estar próxima, mas a responsável pelo fornecimento de recursos hídricos e pelo tratamento do esgoto na região, a Saneamento de Goiás S/A (Saneago), não parece gozar de prestígio no cumprimento de suas funções. A menos de um mês do vencimento da concessão à empresa, a prefeitura estuda municipalizar o serviço ou contratar outra companhia. No entanto, a administração ainda não levantou quem poderia participar do certame.

“Nossa idéia é fazer como em Catalão e Caldas Novas, onde quem cuida da água é o governo local. Lá as coisas dão muito certo, então estamos vendo a possibilidade”, disse o prefeito. Segundo ele, a administração antiga já havia multado a Saneago em R$ 150 mil no fim de 2012 por problemas recorrentes em ambos os serviços da empresa, mas até agora o valor não teria sido pago. Itamar deve se reunir com o Ministério Público de Goiás até sexta-feira para discutir soluções e possíveis punições à companhia.

Para amenizar a situação, a prefeitura alega ter provido caminhões-pipa ao hospital local, aos lares de idosos e ao presídio da cidade, mas admitiu que não possui recursos para fazer o mesmo por toda população. A Saneago, cujos representantes não foram encontrados pela reportagem do Jornal de Brasília, teria se predisposto a ajudar os moradores com caminhões-pipa, mas isso jamais teria acontecido. A empresa, porém, não pode confirmar a veracidade da informação até ontem.

Sem água nas torneiras, chuveiros e, principalmente, nas caixas d’água, os habitantes de Santo Antônio do Descoberto precisaram achar alternativas para sobreviver e também manter suas atividades comerciais.

Peterson Nunes, de 34 anos, é dono de um lava-jato no centro do município e precisou contratar os serviços de um caminhão-pipa particular ao longo da semana. No sábado e domingo passados, porém, dias em que ele afirma serem os mais propícios para seu negócio, não pode abrir o estabelecimento. “No fim de semana tive que fechar porque não veio caminhão-pipa. Ainda assim já gastei R$ 350 com caminhão que coleta água do rio aqui perto. A água ainda vem suja, mas é o que tem”. O empresário ainda estima ter tido prejuízo de R$ 3 mil até o momento.

Em situação parecida estão a mercearia Atalaia Super Mix de Claudia Maria Sampaio e a panificadora Três Irmãos em que trabalha Luzieda Rodrigues. Claudia, que afirma ter utilizado água mineral engarrafada de sua própria loja para limpar alimentos e até tomar banho na última semana, costuma ceder ingredientes à padaria em que Luzieda é caixa. Com a falta de água recentemente, a confeitaria reduziu a produção de salgados e bolos e, consequentemente, a compra de materiais, o que diminuiu as vendas de Claudia e gerou um prejuízo, segundo ela, “ainda incalculável, mas grande.”

Ambas as mulheres afirmam que em suas residências a situação é a mesma. Como mora sozinha, Luzieda não precisou mudar drasticamente sua rotina, mas teve que aumentar a economia de água e coletar água das chuvas. “De madrugada às vezes a água volta, mas sem força suficiente para encher a caixa d’água, então não adianta tanto”, explicou a funcionária.

Claudia, por sua vez, está revoltada, pois a conta de janeiro chegou com o valor dobrado em relação a dezembro. “Todo mês falta água e, se a conta não for paga, cortam o fornecimento na hora. Não é que nem Brasília que pode ficar dois ou três meses devendo.”

O motivo...

Os maiores alvos de reclamações de vários prejudicados que tentaram ao menos entender a situação são as respostas tanto da prefeitura quanto da Saneago. Adauto Silva Rodrigues, líder comunitário de Santo Antônio, reclamou que ninguém possui a informação completa. “Primeiro disseram que a causa da falta de água era uma bomba que quebrou, mas ninguém confirmou isso daí. Há boatos até de que a água estaria contaminada e precisariam ‘trocar’ tudo.”

A prefeitura informou, por meio de sua assessoria, que uma “troca de dutos” seria a real causa apresentada pela Saneago. A empresa, por sua vez, teria dito a uma emissora de televisão que a bomba de distribuição de água responsável por cinco bairros precisou ser substituída e a vazão de água não teria sido suficiente após a instalação do novo equipamento. Infelizmente representantes da empresa não foram encontrados até o fechamento desta matéria para esclarecer a questão.

O cenário alarmante em Santo Antônio ainda é agravado pela péssima condições das ruas e avenidas em geral. No centro da cidade, os buracos são tão grandes e em grande quantidade que podem ser comparados a crateras. Segundo a prefeitura, até o mês que vem as avenidas principais terão seu asfalto reparado e, até o fim de março, o município passará por um vasto processo de recapeamento. Até lá, que outros problemas assolarão os moradores da cidade goiana?

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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