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Disputas religiosas promovem massacres em países abaixo do Deserto do Saara Na Nigéria e no Mali, grupos fundamentalistas islâmicos perseguem e executam cristãos
Lucas Fadul

Corpos de vítimas de ataque do Boko Haram prontos para o enterro no vilarejo de Konduga, no nordeste da Nigéria: atentados recorrentes


Disputas religiosas já foram motivo de guerras, de alianças e de revoluções em todo mundo. Na África, a situação não poderia ser diferente: cristãos e muçulmanos de mesma nacionalidade têm promovido verdadeiras chacinas entre eles. A pobreza e a desigualdade social, aliadas à baixa institucionalização dos países, constituem um terreno fértil para o fundamentalismo religioso, que tinge de sangue parte da região situada abaixo do Deserto do Saara. “Para o continente, esse tipo de conflito reflete um padrão relativamente novo”, afirma Pio Penna Filho, professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB).

Na Nigéria, o grupo islamita radical Boko Haram matou milhares de pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Somente em fevereiro, mais de 300 nigerianos foram assassinados pelos extremistas da facção, que exigem a instauração de um Estado islâmico no país. “Quando grupos fundamentalistas se chocam com facções não muçulmanas, haverá sempre conflito. O Boko Haram renega toda a tradição ocidental. Para ele, o importante é o ensino religioso”, explica Penna. “É um caso semelhante ao que ocorre no Afeganistão dos talibãs”, completa.

O psicoterapeuta corporal e terapeuta comunitário Mariano Pedroza esteve na Nigéria, a convite de uma organização humanitária, para condicionar voluntários a ajudarem populações sob violência extrema. Ele trabalhou com profissionais que tratam vítimas de atentados terroristas. “O terrorismo ao qual me refiro são os ataques do Boko Haram. Mas cabe um importante esclarecimento: é uma distorção afirmar que se trata de um conflito entre muçulmanos e cristãos. O grupo armado também tem como alvo mesquitas e populações muçulmanas não fundamentalistas”, disse Pedroza ao Correio.

Sem acesso ao mar, o Mali é uma das nações mais pobres do mundo. Várias facções jihadistas mantêm-se ativas no norte, palco de rebeliões que — aliadas à onda de sequestros e a um golpe de Estado — arruinaram a indústria do turismo. Em janeiro de 2013, uma intervenção militar internacional, liderada pela França, foi iniciada para proteger a população. O Ministério da Defesa francês anunciou recentemente que, nas últimas semanas, 40 extremistas islâmicos foram mortos no Mali, incluindo vários líderes. “Realizamos operações que nos permitiram neutralizar dezenas de terroristas, incluindo Uld Hamaha, um líder histórico da Aqim (Al-Qaeda no Magreb Islâmico)”, afirmou o ministro Jean-Yves Le Drian.

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