Jovem atrasado perdeu chance de disputar vaga no Ciência sem Fronteira.
Aluno que não achou sala diz que estudará o ano todo para prova de 2014.
Isabella Formiga e Juliana Braga Do G1 DF
O estudante Max Mendes, que chegou atrasado para fazer a prova do Enem na Asa Sul, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)
O estudante Max Mendes, de Brasília, chegou 15 minutos atrasado neste sábado (26) ao local de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na Asa Sul, em Brasília, e perdeu a chance de disputar uma vaga ao programa Ciência sem Fronteiras, que envia alunos brasileiros a cursos em universidades estrangeiras.
Com a boca seca de tanto correr, Mendes disse que saiu de Planaltina de carona e preferiu fazer a pé o caminho do eixo W, paralelo à W3, uma das principais vias de Brasília até a escola por causa do congestionamento.
Apesar de já ser universitário, o jovem disse que se conseguisse atingir 600 pontos na prova poderia participar do Ciência Sem fronteiras. "Agora vou tentar no ano que vem", disse. "Tinha estudado mais ou menos."
Na Universidade de Brasília (UnB), outro local de prova, Adriano Almeida da Costa, de 24 anos, chegou depois de os portões terem sido fechados porque não conseguiu fazer o trajeto na sexta-feira, para se familiarizar com o percurso.
Segundo ele, não foi possível seguir a recomendação do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de visitar antes do dia da prova o local onde faria o exame.
Costa afirmou que nunca tinha ido à UnB e não conseguiu achar a sala onde deveria fazer as provas. “Não consegui achar o endereço. Ele não vem explicado”, afirmou. Ele disse que as pessoas para quem perguntou onde era o local onde faria a prova indicaram para ele direções erradas. “Eu nunca tinha vindo aqui.”
O estudante mora no Paranoá, região administrativa distante cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília, e saiu às 11h15 de casa. Os portões fecharam às 13h.
Costa se formou no ensino médio há dois anos, mas decidiu fazer o Enem este ano porque sentiu a necessidade de cursar uma universidade. “Eu quero fazer contabilidade. Gosto muito de números e de matemática.”
Ele disse que não fez cursinho, estudou por conta própria fazendo simulados que encontrava na internet, e que aproveitará o ano para estudar mais. “Agora, só ano que vem”, lamentou.
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