O Relatório de Doenças Não Transmissíveis do Distrito Federal, elaborado pela Secretaria de Saúde (SES-DF), revela o aumento do número de brasilienses que morrem em decorrência de câncer. De acordo com o levantamento realizado no ano passado, a cada 100 mil habitantes, 81,7 perdem a vida por complicações resultantes de tumores. Em 2010, foram 79,6 óbitos a cada grupo de 100 mil pessoas. O coeficiente médio nacional é de 77,5. Com o resultado de 2011, o DF ocupa o 12º lugar no ranking do país e o primeiro da Região Centro-Oeste. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), neste ano, já foram identificados 216 casos de incidência da doença na população da capital federal. A média brasileira é de 200 casos por grupo de 100 mil pessoas.
Acompanhada do marido, Edimar, Maria Aparecida faz tratamento de um câncer de colo de útero no Hospital Universitário de Brasília: demora para iniciar a radioterapia e a quimioterapia |
O aumento da demanda exige mais recursos financeiros e planejamento no atendimento por parte da rede pública de saúde. No DF, o centro de referência no tratamento do câncer é o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), que conta com uma equipe de 14 cirurgiões oncologistas e cinco radioterapeutas, além de dois aparelhos de radioterapia, sendo que somente um está funcionando. Para quem depende do serviço, o número de profissionais e de aparelhos é insuficiente. É o caso da dona de casa Maria Aparecida Ferreira Seabra, 48 anos, que, para garantir tratamento do câncer de colo de útero, recorreu à Justiça. “Na rede pública, o tratamento por radioterapia segue uma fila única de pacientes que não leva em consideração a gravidade da doença", conta.
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