Primeiro-ministro antecipa volta à Itália após terremoto em Finale Emilia

Renata Tranches

Menos de 24 horas depois do ataque a uma escola que matou uma adolescente e feriu outros 10 na manhã de sábado, a Itália foi alcançada novamente pela tragédia quando um terremoto no nordeste do país deixou seis mortos na madrugada de ontem. A região, uma das mais industrializadas e povoadas do país, sentiu o abalo de 6 graus na Escala Richter, cujo epicentro foi a 5 quilômetros de profundidade na cidade de Finale Emilia, localizada a 36 quilômetros ao norte de Bolonha (província de Modena). O patrimônio cultural da região também sofreu grande destruição. O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, que permaneceria até amanhã nos Estados Unidos para as cúpulas do G8 e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), decidiu antecipar para hoje sua volta à Itália.



Entre os mortos, quatro eram operários que pernoitavam em fábricas das cidades atingidas. Um deles, um marroquino de 29 anos morreu com o desabamento de um galpão de uma fábrica de poliestireno em Ponte Rodoni di Bondeno (Modena). Em uma indústria de cerâmica de San Agostino, (província de Ferrara), dois empregados italianos morreram. O corpo de um quarto rapaz, que trabalhava na fábrica Tecopress, na mesma cidade, foi encontrado entre os escombros pelos bombeiros. Duas mulheres — uma italiana de 106 anos, em Casale (Bolonha), e uma alemã de 37, também em San Agostino — morreram de enfarte causado pelo pânico no momento do tremor de terra. Ainda na região de Ferrara, 50 pessoas ficaram feridas, mas sem gravidade.