Mais de 10 mil jovens curtiram esportes radicais, cantaram e dançaram para colocar uma pedra no caminho do crack na Concha Acústica. Esta é a conta dos organizadores da segunda edição do evento Crack. Tire esta pedra do seu caminho. Cada participante levou um quilo de alimento não perecível para participar da festa antidrogas. De acordo com a organização, as doações serão repassadas para 40 instituições de apoio a dependentes químicos. O evento contou com apoio do GDF e o governador Agnelo Queiroz esteve presente.
Segundo o diretor da ONG Força Jovem, Thiago Magalhães, responsável pelo evento, a principal mensagem para os jovens é que eles não entrem no mundo do crack. O entorpecente, que se alastra como uma febre pelo DF, vicia em poucas doses e alcança famílias de todas as classes. “Não tenha curiosidade de conhecer o crack. Porque para sair é uma guerra”, alertou Thiago. Ainda sem definição de data, o próximo evento da ONG contra a droga será o Nocauteando o crack. Segundo Magalhães, a ação terá apresentações de boxe, judô e jiu-jítsu.
O deputado distrital Evandro Garla (PRB) lembrou que ainda este ano haverá outro grande evento contra o entorpecente: o Driblando o crack 2. Uma tentativa “futebolística” de afastar os jovens dos perigos do tóxico. Ao chegar ao evento o governador classificou o crack como um chaga na sociedade.
“Tem várias medidas que estamos tomando, em todos os sentidos, no combate ao crack. Mas tem uma que é mais forte que tudo isso. É a mobilização da sociedade. E a juventude está mostrando, aqui neste ato, que vai incorporar isso com força. Não é apenas um evento. Mas, permanentemente, vamos fazer uma luta, uma guerra contra o crack”, afirmou Agnelo.
O evento teve a presença de ex-usuários e ex-traficantes. E cada um usou sua experiência para alertar a plateia. Vindo de uma família abastada, Jan Simplício, 34 anos, se afundou nas drogas e no crime. E após sobreviver a um tiroteio contra a polícia, ele decidiu buscar forças para sair das drogas. Ontem, livre da dependência, ele falou de peito aberto contra o crack no palco. Rodrigo Soares de Matos, 30 anos, também sofreu e sobreviveu às drogas. “Queria dizer que tem saída. É só querer que você pode parar”, comentou o webdesigner de 1,90 m, que chegou a pesar 50 kg quando vivia na dependência química.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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