Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
No sábado recebi uma carta do secretário de juventude do PT no Distrito Federal,Juliander Alves, uma veemente defesa do governador Agnelo Queiroz e da democracia no Distrito Federal.
A carta retrata o pensamento dos jovens e de todos os amantes da democracia e da Justiça que, no ano passado, se mobilizaram contra o escândalo da Caixa de Pandora, e que estão agora ajudando a construir um Novo Caminho para o Distrito Federal.
É um documento que merece ser registrado nos anais desta Casa. Eu peço licença aos meus pares para ler alguns trechos:
A juventude sempre foi vanguarda na luta pelo novo na história da humanidade. Trouxe inovações e revoluções para a política que resultaram em troca de governantes e mudança de sistemas de governo no mundo inteiro.
No Brasil não poderia ser diferente: com apoio da nossa juventude, conquistamos o direito de escolher nossos representantes, derrubamos a ditadura e retiramos do poder o presidente eleito pela grande mídia, esta que hoje admite publicamente a armação contra Lula na eleição de 1989. Tudo isso representam grandes avanços.
No Distrito Federal, começamos Um Novo Caminho com a eleição do companheiro Agnelo Queiroz. Com mais de 20 anos de vida pública, deputado distrital na primeira legislatura do DF, em 1990, depois deputado federal por três mandatos, Agnelo, como Ministro dos Esportes do Presidente Lula, criou o Segundo Tempo, maior programa de inclusão social pelo esporte do mundo, e, junto com Lula, estruturou o país para os jogos do PAN, lutou para trazer a Copa do Mundo e as Olimpíadas para o nosso país, bem como a Copa das Confederações para nossa capital.
O primeiro ano foi realmente de “arrumação da casa”, aliás,caoticamente bagunçada pelos 12 anos de práticas nefastas na política da capital. Para se ter uma ideia, o CNPJ do Distrito Federal estava “sujo”, o que impossibilitava a capital do país de captar recursos e assinar convênios. Com muito esforço, o governo Agnelo conseguiu regularizá-lo em meados do ano. Com muita coragem nosso governador acabou com os contratos emergenciais, todos milionários feitos sem licitação com favorecimento de empresas corruptas que financiaram uma quadrilha de assaltantes dos cofres públicos, e cuja descoberta, via operação “Caixa de Pandora”, da Polícia Federal, resultou na prisão do ex-governador Arruda.
Agnelo não só pôs fim à festa com dinheiro público, como criou mais um órgão para garantir o respeito aos cofres públicos, a Secretaria de Transparência. Com tudo isso, tivemos um ano sem nenhum indício de irregularidade, ilegalidade e nenhum fato corrupção. A não ser notícias requentadas e calúnias oriundas do submundo político a que pertencem os grupos que dominaram o DF nos 12 anos passados, e para as quais a mídia dá status de fato comprovado.
Em apenas um ano de governo, contratou-se aproximadamente 4,5 mil servidores na saúde, quase 1.000 professores, 1,5 mil profissionais da área de segurança, foram adquiridas mais de 250 viaturas policiais, aumentou-se os estoques de remédios em nossas unidades de saúde, inaugurou-se o Hospital da Criança e várias UPAs.
Mas a construção do Novo Caminho para o Distrito Federal passa não somente por regularizar a situação administrativa e por necessárias obras. É preciso “ser governo principalmente pra quem mais precisa de governo”, como bem define o companheiro Agnelo. Assim, para atender as demandas da população, foram realizadas 11 conferências, envolvendo todas as cidades. A volta do programa Orçamento Participativo, em que a população tem a oportunidade de dizer ao governo quais são suas principais demandas, também é outra característica marcante da linha democrática e popular dos governos do PT.
A Gestão Democrática das escolas, com eleições para diretores e toda uma vida social e comunitária dentro e ao redor da escola será uma realidade no próximo semestre, para coroar o processo de reversão da privatização que vinha sendo feito com a educação pelos governos anteriores, como é o caso da privatização do Projeto Pedagógico, em que empresas “vendiam” propostas educacionais à Secretaria de Educação.
Não temos dúvidas de que estamos no caminho certo e faremos o melhor governo da nossa capital. Portanto, a Juventude do Partido dos Trabalhadores não deixará que falsas denúncias ofusquem nosso projeto para o DF, e declaramos todo apoio e poder de militância ao nosso companheiro Agnelo.
Assinado –Juliander Alves
Essa é a carta, que expressa o sentimento da juventude e de todos nós, militantes do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal, que não aceitamos acusações levianas, condenações prévias e golpes contra a vontade dos eleitores da capital federal.
Neste fim de semana eu fiquei refletindo, senhor presidente, senhoras e senhores deputados: o que será desse País se continuar a viver esse clima de denuncismo, de condenações prévias e injustas? O que vai acontecer ao DF se continuarem a requentar falsas acusações, totalmente exploradas e desacreditadas na última campanha eleitoral, a fim de desgastar a imagem do governador, paralisar o governo e permitir a volta do caos contra a qual lutaram os jovens desta cidade?
O que está acontecendo no DF hoje extrapola a luta política. O que estamos vendo não é um exercício da oposição, mas uma tentativa de golpear o mandato de nosso governador, Agnelo Queiroz. Um golpe baseado, repito, em falsas acusações de bandidos contumazes, e no julgamento precipitado`, sem provas nem direito de defesa.
Não passarão! O golpe não será dado porque a sociedade do Distrito Federal não vai permitir.
O respeito ao resultado de uma eleição democrática, da qual saiu vencedor o governador Agnelo Queiroz, constitui um valor que deve ser defendido por esta Casa. O denuncismo vazio e as tentativas golpistas contra a democracia devem ser condenados por todos nós.
Nossos inimigos são capazes de recorrer a qualquer expediente para nos combater. Eles descobriram que podem comprar pessoas para fazer denúncias, qualquer tipo de denúncia. Eles contam com alguns veículos de imprensa dispostos a dar publicidade a essas acusações, sem qualquer base na realidade, sem qualquer prova. Ou seja, pisoteiam a ética e as regras da civilidade para condenar o nosso partido. Por quê? Porque sabem que, na disputa democrática, não nos derrotarão. Na disputa democrática, não nos vencerão.
Vou dizer mais: é com a cabeça erguida que vamos continuar debatendo a ética na política. Não vamos permitir que os grupos políticos mais conservadores, mais atrasados, ligados ao coronelismo, venham nos dar lição de ética. Eles não têm a mínima noção do que a ética significa. Quem compra acusador não é ético. Quem corrompe e depois faz denúncias vazias não se torna menos corruptor.
Assumo a tribuna nesta tarde também na condição de presidente do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal. Nosso partido não se vergará diante de seus adversários aéticos, os mesmos que tentaram destruir a ideia de democracia na capital federal. Nosso partido não se curvará diante da campanha sórdida que tenta impedir a construção de um novo caminho para o Distrito Federal, liderado pelo governador Agnelo Queiroz.
Senhor presidente, senhoras e senhores deputados. O que esperam esses filhotes udenistas de Carlos Lacerda? Que o governador Agnelo Queiroz se suicide como se suicidou o presidente Getúlio Vargas em meio às denúncias criminosas daquele jornalista? Isso não acontecerá! Vamos resistir com o governador Agnelo Queiroz, nem que seja preciso levantar barricadas diante do Palácio Buriti, como o governador Leonel Brizola levantou na frente do Palácio Piratini, em Porto Alegre, para resistir aos golpistas que não queriam permitir a posse do presidente João Goulart.
A defesa da democracia exige às vezes posições radicais como a do governador Brizola. Estamos dispostos a tomar posições radicais neste momento de falsa crise, criada por nossos inimigos com o auxílio da imprensa venal.
O nosso partido, de braços dados com os demais partidos de nossa frente, vai para as ruas, na defesa do governador Agnelo Queiroz, na defesa da democracia, na defesa do Novo Caminho que estamos construindo na capital federal.
Muito obrigado, vamos à luta!
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