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DF tem o segundo maior percentual de mulheres na população do país: 52,19%

Helena Mader
Correioweb

Kelly e Cristiane, ambas solteiras, confirmam: veem  muito mais mulheres nas baladas (Edilson Rodrigues/CB/D.A Press)
Kelly e Cristiane, ambas solteiras, confirmam: veem muito mais mulheres nas baladas

A feminilidade brasiliense está nas curvas sensuais dos monumentos de Niemeyer, no traçado delicado do Plano Piloto idealizado por Lucio Costa e também nas estatísticas. As mulheres representam 52,19% da população de Brasília, de acordo com dados do censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os números mostram que o Distrito Federal é a segunda unidade da federação com maior percentual de pessoas do sexo feminino — perde apenas para o Rio de Janeiro, onde as mulheres representam 52,31%. Nos bares, comércios e, principalmente, nas casas noturnas da cidade, é fácil perceber que elas são maioria.

A discrepância entre a quantidade de homens e mulheres também fez crescer o número de solteiros na capital federal. Em 2000, 975.067 brasilienses estavam à procura da cara-metade. Hoje, já há 1,2 milhão de solteiros em Brasília e eles representam 57,3% da população. Se forem incluídos os viúvos, divorciados e separados, o total de pessoas disponíveis na capital federal chega a 66,48%. Os números são facilmente traduzidos por queixas, que vêm especialmente do lado feminino.

A estudante de arquitetura Cristiane Maia, 24 anos, está sozinha há mais de um ano. Para ela, as estatísticas são inquestionáveis. “Quando eu saio à noite com as minhas amigas, a sensação que temos é de que só tem mulher na balada”, comentou Cristiane. Amiga da estudante, a secretária Kelly Abrantes, 24 anos, faz coro às reclamações. “É cada dia mais difícil encontrar homens solteiros. E sempre percebo que, na tentativa de se destacar, algumas mulheres apelam e acabam caindo na vulgaridade. O mercado está disputado”, brincou Kelly.

A engenheira eletricista Cecília Francisco, 32 anos, tem uma profissão predominantemente masculina. Ainda assim, ela confirma a sensação de que há mais mulheres do que pessoas do sexo masculino na capital federal. “O pior de tudo é que faltam homens de qualidade no mercado”, apontou Cecília, com bom humor. A colega de profissão Jaqueline Godoy, 34, diz que muitas vezes vale mais a pena sair com as amigas casadas do que se aventurar em um local de paquera. “Em Brasília, tem muita mulher independente e isso assusta os homens. Mas sou muito bem resolvida com o fato de ser solteira”, acrescentou Jaqueline, que no momento da entrevista, na última sexta-feira, estava acompanhada de um grande grupo de amigas comprometidas.

As explicações para o alto percentual de pessoas do sexo feminino em Brasília são variadas. A primeira não é um fenômeno exclusivo da capital federal: a grande mortalidade de jovens do sexo masculino. Do total de pessoas que morreram no Distrito Federal nos últimos 10 anos, 57,2% eram homens. Brasilienses do sexo masculino morrem muito mais do que as mulheres, especialmente entre 20 e 24 anos. Nessa faixa etária, 80,8% dos mortos eram homens. A violência urbana e os acidentes de trânsito são as principais causas da grande mortalidade entre rapazes.

Saúde
O economista Júlio Miragaya, diretor de Gestão de Informações da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), lembra ainda que a expectativa de vida é maior entre as mulheres. Principalmente porque os homens têm menos cuidados com a saúde. “A tendência é que houvesse um equilíbrio entre os sexos, mas os homens morrem mais cedo, especialmente os jovens. Os mais velhos também se cuidam menos”, justifica o economista.

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