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Parentes e amigos de estudante morta por professor pedem Justiça

Publicado em 02/10/2011 por Donny Silva

Parentes e amigos de estudante morta por professor pedem JustiçaParentes e amigos se mobilizam para que o assassinato da estudante Suênia Sousa Faria não fique impune. Faltavam três semestres para a jovem de 24 anos se formar em direito. O sonho dela era ser delegada de polícia

Mara Puljiz

Lucas Tolentino/Correio Braziliense

Cilene Farias (C), irmã mais velha da vítima, cercada por parentes  e amigos:
Cilene Farias (C), irmã mais velha da vítima, cercada por parentes e amigos: “(O professor) dizia que, se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém”

“O sonho dela era ser delegada. A minha afilhada tinha sede de justiça.” A frase é de Alda Maria dos Santos Almeida, 49 anos, madrinha da estudante de direito do UniCeub Suênia Sousa Faria, 24 anos, brutalmente assassinada pelo ex-professor Rendrik Vieira Rodrigues, 35 anos, na última sexta-feira. Na tarde de ontem, parentes e amigos da jovem disseram ao Correio estarem dispostos a lutar para que o crime não fique impune. “Queremos que ele apodreça na cadeia. A maldade que ele fez com ela não tem perdão”, disse Sineide Sousa Farias, 30 anos, uma das irmãs da vítima.

A barbárie ocorreu pouco depois das 15h30, horário em que a jovem saiu da faculdade com uma colega, à qual daria carona pela primeira vez. O professor pediu licença para conversar a sós com Suênia, mas a testemunha relatou na 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) não ter desconfiado de nada. A moça se afastou por alguns minutos e, ao retornar ao carro, os dois não estavam mais no local. Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu entre a EPTG e a Via Estrutural, perto de uma parada de ônibus do Jóquei Club. O professor atirou três vezes na cabeça e no peito da estudante e jogou a arma do crime, uma pistola calibre .380, em um matagal.

Os investigadores do caso estiveram no local indicado pelo acusado, mas nada encontraram. O professor admitiu ter comprado a arma havia duas semanas “para se defender”. A investigação aponta que o assassinato foi motivado pelo fim do relacionamento entre eles, de 11 meses. “Ela estava separada do marido quando ficou com ele, mas decidiu voltar para o companheiro e ele não aceitou. Dizia que, se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém”, contou a irmã mais velha, Cilene Sousa Farias, 34.

Cerca de duas horas depois de matar Suênia, o professor levou o corpo para a delegacia do Recanto. Ele chegou ao local no Sandero da vítima e se entregou. Para o delegado-chefe, Alexandre Nogueira, como o acusado é conhecedor de direito, ele não descarta a possibilidade de Rendrik ter se apresentado espontaneamente, contando com um relaxamento de prisão no futuro. “Se ele pensou isso, não deu certo, porque já tínhamos uma ocorrência gerada pelo marido de Suênia em Taguatinga”, explicou.

Momentos antes de morrer, Suênia ligou para o companheiro, Hélio Prado, com a voz trêmula. Teria dito que voltaria com o professor e iria para casa pegar roupas. Rendrik foi indiciado por homicídio qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima), cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Rendrik não tinha antecedentes criminais.

Sonhos
Suênia vivia um relacionamento com Hélio Prado havia três anos. Eles não tinham filhos e, no momento, a jovem só pensava em se formar em direito. Faltavam três semestres para a moça de cabelos pretos e sorriso largo conseguir o diploma e adquirir a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil. “Ela via os crimes passionais na televisão e ficava chocada. Ela queria fazer a diferença e combater as injustiças. Quando ela viu o caso da Eloá (assassinada em São Paulo, em 2008, pelo ex-namorado Lindemberg Alves), ela chorou muito. Nunca imaginava que isso aconteceria com ela”, disse Sineide.

Cerca de 10 minutos antes de ser abordada por Rendrik, Suênia ligou para Cilene dizendo que ia pegar umas roupas para viajar com o companheiro a Goiânia (GO). “A minha irmã estava muito feliz. Foi a última vez que eu falei com ela. Ela era a minha confidente. A minha vida agora é só sofrimento”, desabafou Cilene.

Ela disse que a irmã tinha medo do professor. E, por isso, entrou em contato com um policial civil. “Mas foi uma conversa informal. Ela não registrou boletim de ocorrência com medo de provocar a ira desse monstro e piorar as coisas. Ele era muito ciumento e possessivo.”

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