tália pedia a extradição, mas STF manteve a decisão de Lula para ele ficar no país
De acordo com Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado de Battisti, o Registo Nacional de Estrangeiro permite ao italiano abrir contas bancárias, alugar casa e trabalhar no Brasil. O advogado negou que Battisti tenha recebido atendimento prioritário na emissão do referido documento.
Battisti deixou a prisão em 9 de junho, depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmar a decisão de mantê-lo no Brasil. A Itália pedia a extradição de Battisti alegando que ele deve ser tratado como preso comum por ter sido condenado por quatro crimes.
No final dos anos 70, o ex-ativista foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas. Battisti nega a participação nos crimes e disse ser inocente. Para as autoridades brasileiras, ele deve ser tratado como preso político por sofrer ameaças.
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Entenda o caso
Battisti foi condenado à revelia em seu país natal à prisão perpétua por quatro assassinatos perpetrados na década de 1970, quando ele pertencia ao PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).
Ele foi preso no Brasil em 2007 e, em 2009, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu-lhe o status de refugiado político, o que impedia sua extradição para a Itália. Naquele ano, o STF analisou o caso e aprovou seu envio para seu país natal, mas submeteu a autorização final à decisão do presidente.
No último dia de seu mandato, Lula, acatando um parecer da Advocacia-Geral da União, negou a extradição do italiano. A Itália entrou com um recurso na Justiça brasileira para reverter a decisão e manter a sentença do Supremo, mas não obteve sucesso.
Atualmente, Battisti está morando em São Paulo e já obteve visto de permanência concedido pelo Cnig (Conselho Nacional de Imigração).
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