Economia domina sabatina de Dilma, Aécio e Campos na CNI
Por iG São Paulo
Candidatos à Presidência foram sabatinados por empresários na Confederação Nacional da Indústria, em Brasília
Diante de 700 dos mais importantes empresários brasileiros, os três líderes da corrida presidencial participaram nesta quarta-feira (30) de sabatinas na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Eduardo Campos (PSB) foi o primeiro a falar, seguido por Aécio Neves (PSDB). A presidente Dilma Roussef fechou o evento. Como era de se esperar, a situação atual da economia predominou como assunto principal nos debates. Mas o trio também falou sobre renovação política e reforma tributária.
Na sabatina, cada candidato centrou fogo nas suas áreas de interesse, tidas como atraidoras de votos dos eleitores. Campos procurou se mostrar como o fator novo desta eleição, uma alternativa à polarização entre PT e PSDB . Aécio criticou fortemente a política econômica. Dilma, por sua vez, defendeu a condução da economia de seu governo.
Candidato à Presidente Eduardo Campos durante sabatina promovida pela CNI, em Brasília. Foto: Alan Sampaio / iG Brasília
1/12Eduardo Campos: “O padrão político esclerosou, faliu”
Com tem sido desde o início de sua candidatura, o candidato do PSB procurou se destacar na sabatina com uma terceira via, uma alternativa a polarização PSDB e PT, que dominou as últimas eleições nacionais. “O padrão político esclerosou, faliu”, criticou Eduardo Campos na sabatina, propondo ainda a aposentadoria de líderes políticos tradicionais.
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“O Brasil não pode continuar acompanhado de Sarney, de Collor e de Renan”, prosseguiu Campos, que atrelando Dilma e Aécio à chamada “velha política”. Falando sobre economia, o candidato prometeu enviar um projeto de reforma tributária na primeira semana de seu governo, caso seja eleito.
Aécio Neves: Governo vai deixar 7% de inflação e 1% de crescimento
Em sua fala aos empresários, Aécio Neves concentrou sua fala no desempenho da economia brasileira. “Se tivemos um cenário externo desfavorável, tivemos atitudes internas que nos levaram a um processo de estagflação, de crescimento pífio da economia. Preços represados em alguns setores, e, mesmo assim, a inflação estoura o teto da meta”, disse o tucano, direcionando seu ataque ao governo Dilma.
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Prometendo simplificar os impostos se for eleito, Aécio fez uma analogia com a desastrosa derrota do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo, em Belo Horizonte. “Lamento esse 7 a 1, principalmente por ter sido no meu Estado, mas este é o que menos me preocupa. O que me preocupa é o que o governo vai deixar aí 7% de inflação e 1% de crescimento.”
Dilma Rousseff: Nos protegemos da crise e preparamos as bases do crescimento
Última a falar, a presidente Dilma alfinetou os dois adversários, que têm feito reparos à política econômica de seu governo. A petista disse que a economia estaria numa situação bem pior se sua administração não tivesse adotado medidas anticíclicas de estímulo à produção que protegessem o Brasil da crise mundial.
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“É bom lembrar àqueles que criticam que não só nos protegemos da crise, mas preparamos as bases para o crescimento”, destacou a presidente. “Esse tipo de crítica parte dos mesmos que questionam as desonerações, as compras governamentais e combatem a política industrial”, completou Dilma.
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