Postado Por: Francisco Gelielçon
O corpo de uma mulher encontrado parcialmente carbonizado pela PCDF (Polícia Civil do DF) na madrugada desta terça-feira (1º) em Planaltina de Goiás (GO), região do Entorno do DF, é mesmo da professora Márcia Regina Lopes Cardoso, de 56 anos, desaparecida desde o dia 9 de março. A informação é do diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Xavier, que teve acesso ao laudo preliminar divulgado pelo IML (Instituto Médico Legal) na noite desta quarta-feira (2).
— Ainda não temos laudo conclusivo, mas não restam dúvidas. Os peritos já estão finalizando os trabalhos e agora nos resta terminar os exames para devolver o corpo à família.
O cadáver foi localizado em um matagal às margens da GO-118, entre Planaltina (DF) e Formosa (GO), carbonizado e com um ferimento profundo na cabeça, que pode ter sido provocado por golpes de extintor de incêndio ou de marreta.
A identificação foi difícil porque o corpo já estava em avançado estado de decomposição, mas os familiares da vítima conseguiram fazer o reconhecimento por meio de detalhes, como anéis e joias, que ela costumava usar.
A DRS (Delegacia de Repressão a Sequestros), que está cuidando do caso, chegou ao local onde o corpo estava após três semanas de investigação. Para Xavier, provas e depoimentos colhidos durante o período ajudaram a esclarecer o caso.
— O tempo de decomposição do corpo também é compatível com o tempo de desaparecimento. Vamos descobrir o que provocou a morte, se foi a pancada na cabeça ou outro ferimento, para incluir na certidão de óbito.
O namorado da professora, Luiz Carlos Coelho Penna Teixeira, de 42 anos, apontado como autor do homicídio, teve a prisão temporária decretada pela Justiça do DF e está detido desde a última sexta-feira (28) na unidade da DRS.
Para a polícia, ele foi a última pessoa a se encontrar com a vítima. Em depoimento, o homem disse que deixou a professora no Parque da Cidade após um almoço e depois disso não teve mais notícias, mas esta versão não convenceu os investigadores.
— Quando localizamos o carro dela , em perfeito estado de conservação em Sobradinho (DF), no dia 22 de março, também localizamos vestígios de sangue dentro do veículo que serão usados como prova.
Teixeira tem pelo menos cinco passagens pela polícia por crimes como injúria, ameaça, dano ao patrimônio, lesão corporal e violência doméstica.
Agora, a polícia trabalha para descobrir qual foi a real participação do suspeito no caso e, se preciso for, transformar a prisão temporária em preventiva, para que ele responda preso ao processo por homicídio e ocultação de cadáver.
— Temos uma quantidade de provas muito grande para responsabilizá-lo por este crime. Também não restam mais dúvidas de que, de fato, ele foi o autor.
Se for condenado, ele pode pegar até 30 anos de prisão.
Gustavo Frasão, do R7
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