
Ibope ruim para Dilma eleva necessidade de desinflar crises
Queda na avaliação do governo chega em hora complicada no Congresso
A queda na avaliação do governo Dilma Rousseff chega numa hora ruim para a presidente da República. A pesquisa foi feita antes do recente imbróglio na Petrobras, que tende a desgastar mais o Palácio do Planalto.
Nesse contexto, ganha maior importância a gestão da atual turbulência política, na qual existe chance real de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Legislativo federal para apurar eventuais casos de corrupção e erros administrativos na Petrobras.
Dilma tem acumulado problemas na economia e na política. Essa combinação costuma ser perigosa para os presidentes. Por ora, o “Volta, Lula” parece controlado, mas há um desejo cada vez maior no PT e no empresariado para que Dilma caia nas pesquisas e o ex-presidente seja chamado a entrar na disputa eleitoral de outubro.
Repetindo: por enquanto, o próprio Lula abafa a pressão dos que pedem a sua volta. O mais provável é Dilma ser candidata com apoio dele, mas há, sim, uma possibilidade de reviravolta se o atual governo perder as rédeas da política e se complicar na economia.
Na semana passada, quando indagados sobre a possibilidade de uma candidatura de Lula em 2014, auxiliares de Dilma respondiam com uma pergunta: “Você viu a pesquisa?”. Era referência ao levantamento do Ibope que mostrava estabilidade nas intenções de voto para a Presidência, com o cenário folgado de vitória de Dilma no primeiro turno.
Acontece que hoje surgiu nova pesquisa Ibope que revela uma queda de sete pontos percentuais no índice de avaliação ótimo/bom da administração Dilma. No levantamento de novembro, essa taxa era de 43%. Em meados deste mês, antes da confusão na Petrobras, caiu para 36%.
A avaliação regular oscilou positivamente _de 35% para 36% nesse período. O índice ruim/péssimo subiu 7 pontos percentuais. Foi de 20% para 27%.
Não é o fim do mundo. Há tempo para Dilma se recuperar. Mas, sem dúvida, cresceu a necessidade do governo de desinflar crises, habilidade na qual a presidente tem falhado.
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