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Aquilo que muda com o passar dos anos

Michel Toronaga



As cenas iniciais de Entre Nós fazem lembrar da turminha que todo mundo um dia já teve (ou deveria ter tido) na adolescência. Com um ar de nostalgia, a câmera acompanha a íntima relação de amizade de um grupo de amigos que sonha com um futuro brilhante na carreira de escritor. Tudo com uma certa inocência rebelde, típica da idade, e descompromisso com o mundo das responsabilidades.

Todos selam um pacto e escrevem cartas que ficam numa caixa que é enterrada e deve ser lida dez anos depois. Passado o prazo, já adultos, eles se reencontram para ler os textos. E é quando se redescobrem bem diferentes do que eram antes: frustrados, arrependidos e amargurados.

Dirigido e escrito por Paulo Morelli (Cidade dos Homens) ao lado do seu próprio filho, Pedro Morelli, o longa é um drama diferente dos filmes nacionais produzidos ultimamente. Os personagens são de classe-média alta e o foco do roteiro, que fala sobre vários temas, entre eles a passagem do tempo, é a relação entre o grupo e como uma década faz com que todos mudem.

Mistério
A produção traz um elenco repleto de atores globais, entre eles o protagonista Caio Blat, Carolina Dieckmann, Paulo Vilhena, Maria Ribeiro, o sempre ótimo Lee Taylor e a surpreendente Martha Nowill. Uma curiosidade é o fato dos artistas serem amigos na vida real, o que facilitou o entrosamento na ficção.

A morte de um dos amigos, ainda durante a fase inicial da história, repercute no reencontro, embalado por diversas lembranças. Ainda que não seja nem um pouco surpreendente, existe um segredo que liga a fatalidade com a vida dos personagens. O ponto mais alto, contudo, é como a trama revela o que aconteceu com cada um durante o salto temporal e como suas vidas atualmente estão.

Bem produzido e com uma fotografia bonita, Entre Nós mescla humor e até suspense para contar uma história que chama a atenção pelo realismo – seja ele pessimista ou não. O final aberto sugere uma possível continuação, que pode concluir ou pelo menos prosseguir com a história.
Dieckmann responde


O que te atraiu na hora de aceitar o papel?

Eu gosto muito do roteiro. Me interessei desde a primeira vez que li. Como a gente tem essa coisa de agenda, torci para que desse tempo. Desejei muito fazer esse filme, desde o comecinho, e acho que esse meu desejo está no filme de uma certa maneira.

A partir de qual momento você descobriu que quis ser atriz?

Quando fiquei grávida, pensei no que deveria fazer para alimentar essa boca. A maternidade traz todo um pensamento sobre a sua existência e o que você quer fazer na vida. E o papel que eu tive depois foi a Camila (Laços de Família), que me fez passar por certas coisas que me ajudaram a descobrir que queria mesmo ser atriz. Ficou muito claro para mim que era o que eu queria fazer. E estava procurando uma clareza para continuar.

E seus planos para o futuro?

Depois de Entre Nós, tenho outro filme para lançar, que fiz no ano passado, Julio Sumiu. Não sei se estarei na nova novela das 21h (Falso Brilhante). Estão dizendo por aí, mas ainda não sei.

Premiada produção

O filme venceu três prêmios no Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro: melhor roteiro, melhor atriz coadjuvante para Martha Nowill e melhor ator coadjuvante por menção honrosa do júri para Júlio Andrade. Também conquistou prêmios na última edição do Amazonas Film Festival: melhor ator para Caio Blat e melhor fotografia para Gustavo Hadba.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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