Kiara Mila Oliveira
Diferentemente da abertura dos jogos mundiais da Gymnasíade, que lotou o Ginásio Nilson Nelson, na última quinta-feira, o encerramento ontem foi muito mais reservado do que se esperava.
Atuando em casa, o Brasil ocupou o terceiro lugar, com 68 medalhas - 18 de ouro, 22 de prata e 18 de bronze -, atrás das delegações de Rússia e Itália, respectivamente.
Festa para atletas
Numa festa preparada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães somente para os 1.700 atletas que competiram, abraços e despedidas marcaram o encerramento.
Para elevar a auto-estima dos medalhistas, um vídeo resumindo os seis dias de competição, desde a abertura a imagens do encerramento, foi ovacionado pelas 35 delegações.
“Resumo a Gymnasíade em duas palavras: sucesso total. Agora, Brasília se prepara para a Copa do Mundo, a Moto GP e a Universíade. Provamos que somos capazes de realizar grandes eventos”, comemora o secretário de Esportes, Júlio Ribeiro.
Em êxtase por carregar o nome do Brasil, as ginastas Stephany Gonçalves e Giovanna Oliveira, de 15 anos, confessaram que o Brasil
surpreendeu. “O campeonato estava muito forte, conseguimos nos igualar aos grandes”, comparou Giovanna, sem esconder a felicidade por representar o País.
Ginástica rítmica
No segundo dia de competições da ginástica rítmica, a Rússia - primeira colocada no quadro de medalhas - sobressaiu-se com as atletas Iullia Bravikova e Veronika Polikova, que não deram chances às demais e se revezaram no primeiro e segundo lugar, dos quatro aparelhos exigidos – arco, bola, maças e fita.
Terceiro comemorado
Ciente do favoritismo das rivais estrangeiras, a brasileira Andressa Jardin buscava o terceiro lugar junto com as demais. Perseverante, a jovem de 15 anos conseguiu duas medalhas de bronze – uma no geral que soma a nota dos quatro aparelhos e outra ontem, no instrumento individual, a fita.
“Foi uma vitória competir com duas russas e com muitas atletas de alto nível. Não fui muito bem nos outros aparelhos, mas gostei do meu desempenho. Na fita eu cravei e consegui o meu pódio”, comemorou a atleta, ainda ofegante, assim que saiu da quadra de competições.
Monumentos encantam atletas gringos
Em uma arquibancada móvel, torcedores se espremiam para admirar a performance das atletas. Radiante com o brilho das coreografias, somado ao glamour das roupas das meninas da ginástica rítmica, um grupo de brasileiros destoava dos demais expectadores no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Trajado com a roupa oficial da delegação canarinha, o grupo completou o uniforme com chapéus de palha.
“Foi uma ideia em conjunto. Há dois dias competimos na ginástica acrobática (quarto lugar no geral) e, hoje (ontem), viemos prestigiar as nossas colegas e dar uma força com um diferencial a mais”, explicou o técnico Claudio Franzen.
TURISTAS
Muitos atletas visitaram a capital pela primeira vez. Para eles, os monumentos de concreto e o planejamento da cidade são encantadores.
“Tudo está concentrado em um só lugar. Fomos ao Congresso e à Catedral. Achamos tudo lindo. Brasília é uma cidade muito moderna e fácil de encontrar lugares”, elogia Franzen.
Agora, os participantes da Gymnasíade se preparam para a disputa da Universíade, em 2019. A competição será realizada em Brasília e conta com a participação de mais de 12 mil atletas.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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