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» »Unlabelled » Policial surta e assusta moradores


Carla Rodrigues


O surto psicótico de um policial civil assustou a população do Distrito Federal. O agente, lotado na 32ª DP (Samambaia), tinha posse de arma e rendeu várias pessoas na 104 Sul da região administrativa. Autuado por constrangimento ilegal, ele deve ser internado para tratamento, informou a corporação. 

Porém, as chocantes cenas, gravadas por câmeras de segurança, trouxeram à tona um problema comum. Dos mais de cinco mil policiais civis, 32% (quase 1,6 mil) passaram por consultas psicológicas no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Secretaria de Segurança. Por mês, 270 buscam tratamento médico. Das razões para o afastamento das ruas, a dependência química é uma das principais, além dos distúrbios emocionais.

No caso de ontem, o policial civil preso em flagrante destruiu o carro de um vizinho, quebrando vidros, amassando portas e jogando sacos de lixo no automóvel. Depois, obrigou um homem, que tentou impedir a ação, a beber água de esgoto, comer lixo de um contêiner e se ajoelhar aos seus pés. Por último, entrou numa padaria, ameaçou funcionários e obrigou o dono a beijar os pés das atendentes. Além disso, trancou todos na área de conservação de frios e jogou mercadorias no chão. 

“Ele estava completamente alterado, sempre segurando a arma. Estava louco e não era de bebida. Foram 15 minutos de terror”, contou Ernanis Reis, 42, dono da panificadora.

Sob controle

O delegado da 32ª DP, Mauro Aguiar, colega de trabalho do agente, explicou que o policial está na ativa, na área administrativa. Segundo ele, o agente sofre de disfunções psiquiátricas. “É um problema psicótico que todos nós estamos sujeitos a ter. Ele surtou, mas já está tudo sob controle. Estamos avaliando as melhores saídas para ajudar o policial. A intenção é, em parceria com a família, encontrar uma clínica para interná-lo”, explicou.

Acompanhamento é necessário

De acordo com a Polícia Civil, os servidores que apresentam problemas psiquiátricos são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, entre psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais. O agente envolvido na confusão deve ter sua conduta disciplinar apurada pela Corregedoria do órgão. “Se a gente tem um surto e faz metade do que ele fez, não fica livre de punição. Então, a gente quer o mesmo para ele”, disse um dos clientes da padaria.

O veículo destruído pertence ao dono de uma loja de restauração de sofás e móveis, Sidney Martins, 38 anos. Ele recebeu a notícia de que o carro havia sido quebrado por telefone. “Eu nem conhecia ele. Não tinha motivo algum para isso”, desabafou. Agora, vai esperar a conclusão da perícia e pedir indenização pelo estrago. “A ocorrência já foi feita. O jeito é aguardar”, afirmou.

Enquanto a situação não é concluída pela polícia, outros números, também do primeiro semestre deste ano, revelam que dos 80 policiais militares em tratamento atualmente, 58 participam do Programa de Recuperação e Apoio ao Dependente Químico (Pradeq).

Quatro deles estão internados em clínicas de reabilitação e 22 recebem apoio no Programa de Resgate a Autoestima e Valorização da Vida (Praev-Vida). A maioria dos pacientes tem mais de dez anos de trabalho. “Essa é uma profissão estressante e que pode eventualmente levar a um surto. Ainda mais quando se juntam os problemas pessoais aos profissionais”, avalia o especialista em segurança pública, Antônio Testa, da UnB.

O docente explica que a junta médica da corporação é quem decide sobre o porte de armas nestes casos. “Porém, acredito que depois de um caso assim, esse agente deve perder a licença por um tempo, até uma reavaliação. Aí, as pessoas vão falar que é um perigo e realmente é. Mas é o instrumento de trabalho dele”, conclui.

Porte de arma

Quando ocorre a suspensão: Só acontece a partir da avaliação da Guia para Perícia Médica, quando motivada por suspeita de problemas relacionados a sua saúde mental, inclusive dependência psicológica ou física de substâncias (remédios ou drogas) que afetem a compreensão da realidade ou da autodeterminação de seus atos, ensejadoras de licença para tratamento de saúde, “ex officio” ou a pedido. 

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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