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» »Unlabelled » Ele pode mediar ou gerar conflitos


Soraya Sobreira


  Quem mora em condomínio sabe que desentendimentos entre vizinhos é situação corriqueira. Mas o problema tende a ser ainda maior quando um dos envolvidos no conflito é justamente aquele eleito para administrar o edifício: o síndico. A principal queixa é a de que ele não resolve as reclamações dos moradores. No entanto, a lista de questionamentos pode ser mais ampla: a vaga na garagem, o cano quebrado, o lixo que incomoda, falta de espaço para as crianças, e por aí vai. 

O analista de sistemas Rodrigo Lamounier Costa, 31 anos, criou até um grupo no Facebook (Condomínio Park Studios) tamanha insatisfação com o síndico do condomínio. A página foi criada com o intuito de reunir os moradores para reivindicar melhorias na administração do condomínio. “Pelos corredores e áreas comuns, todos reclamavam do quanto o condomínio estava largado e que tudo estava se depreciando muito rapidamente por falta de manutenção. Isso porque o condomínio nem completou dois anos”, alega.

Problemas

Foi através de uma carta e com apoio de moradores que Rodrigo elencou ao síndico alguns dos principais problemas no condomínio. “Observando todas as reclamações, resolvi criar o grupo. Hoje temos 132 participantes ativos”, comemora o morador. Atualmente, o próprio síndico está no grupo. 

Para o analista de sistemas, a principal característica de um síndico é que ele tenha uma relação próxima com os moradores e que aja com transparência. 

Justificativa

O síndico do Condomínio Park Studios, Alexandre Sales, se defende das acusações. “A administração sabe receber as críticas e reconhece alguns problemas no condomínio, mas eles não se dão por omissão ou inoperância”, explicou. Ele alega a baixa participação dos moradores por não comparecerem às reuniões do condomínio.

Má gestão pode provocar prejuízos

No Condomínio Pedro Tavares Gontijo, em Taguatinga Sul, o prejuízo em relação ao trabalho do síndico foi ainda maior. Isso porque aquele eleito para administrar o local é acusado de ter recebido dos condôminos o valor para pagar as contas de água, mas, na verdade, teria embolsado o dinheiro, cerca de R$ 100 mil. A radiologista Érica Sousa, 26 anos, é uma das moradoras que ficou no prejuízo. “Foi um transtorno tão grande que tivemos de comprar água e alimento”, diz.

O síndico, que exercia o cargo há dois anos, se mudou dias antes da água ser cortada. Um boletim de ocorrência foi registrado pelos moradores na 21ª DP (Taguatinga).

Reclamação

Para o presidente do Sindicondomínio-DF, José Geraldo Pimentel, a principal reclamação em relação ao trabalho do síndico é quanto a falta de uma política de gestão participativa. “Às vezes o síndico deixa de cumprir o seu papel de gestor, mediador e administrador de conflitos, para transferir parte do problemas diários ao zelador ou até mesmo ao escritório de contabilidade”, diz.

Capacitação para executar bem o trabalho


O síndico Décio Rocha, 67 anos, já foi eleito por três vezes consecutivas para o cargo no Bloco C da 110 Sul. Ele é formado em administração e já fez cursos de gestão de condomínios. “O condomínio é como se fosse uma empresa, a diferença é que não gera lucros. Também pode ser comparado a um carro, que precisa sempre de manutenção”, define. Na portaria do prédio, ele mantém um livro onde os moradores dão sugestões e registram reclamações para que ele desempenhe seu trabalho ainda melhor.

O presidente do Sindicondomínio-DF faz uma observação: “Geralmente os condôminos acham que o síndico está submetido a uma hierarquia de submissão a eles. Isto não é verdade. É comum os condôminos transferirem à pessoa do síndico toda e qualquer responsabilidade sobre o seu patrimônio, não cuidando, sequer, da manutenção preventiva e corretiva de sua unidade autônoma”, observa.

Profissionalização
No Distrito Federal existem mais de 12 mil síndicos, segundo o Sindicondomínio. Para otimizar o trabalho desse profissional, há cursos profissionalizantes. Um deles é o de gestão de condomínios, oferecido no Cento Universitário UDF. O GDF, por meio da Escola de Gestão Comunitária mantida pela Administração Regional de Brasília, também oferece curso para formação de síndicos.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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