Deputado Sílvio Costa (E): "Há uma diferença entre marketing e picaretagem. Se for convencido, viro militante da causa". (Foto: Lucio Bernardo Jr./Câmara
O tema de marketing multinível e pirâmide financeira envolvendo a Telexfree e Bbom foi debatido em audiência pública conjunta nesta quarta-feira (21) nas Comissões de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados.
O deputado Sandro Alex (PPS-PR) disse que a discussão na Câmara sobre as ações das empresas de marketing multinível no Brasil não tem a intenção de impedir esse tipo de atividade, mas de propor projeto de lei para regulamentá-la.
O debate foi proposto por vários deputados, em função da paralisação pela Justiça das atividades de duas das maiores empresas do ramo, a TelexFree e a BBom, a pedido do Ministério Publico. As empresas são investigadas sob a suspeita de usarem a prática do marketing multinível como fachada para aplicar o golpe da pirâmide financeira.
Divergências
Diante da plateia que lotou o auditório, favorável à continuidade das ações dessas empresas, alguns deputados que compõem a mesa defenderam a atividade. "Quem gera emprego e paga imposto não pode ser tratado como criminoso", disse o deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), recebendo aplausos do público presente.
O deputado Acelino Popó (PRB-BA) lembrou que muitas famílias venderam bens para apostar nessa atividade como um projeto de vida e hoje passam por dificuldades financeiras com a paralisação dos trabalhos.
Já o deputado Silvio Costa (PTB-PE) desafiou as empresas a provarem que são sérias. "Isso aqui não é uma reunião política. Há uma diferença entre marketing e picaretagem. Se eu for convencido, vou virar um militante da causa e vou ao Supremo para dizer que o Ministério Público está errado", afirmou.
A ponderação de Costa foi acompanhada pelo deputado Renan Filho (PMDB-AL): “Quero defender a legalidade, os bons negócios. Não podemos permitir que o povo brasileiro seja lesado".
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