
Rica, Mara Maravilha quer pai fora de sua herança. Entenda o porque
Especialistas apontam soluções para que a grana não acabe com quem não deveria
Separada e sem filhos, Mara Maravilha, 45, corre o risco de ter que deixar sua fortuna para seu pai biológico, que “não a criou”. Fragilizada com a morte da mãe, a cantora acha “injusto” entregar seu patrimônio “para quem não ajudou a construí-lo”. Em entrevista exclusiva ao R7, a baiana conta que fugiu de “oportunistas”, detalha como multiplicou seus bens, que inclui uma cobertura milionária, outros apês, empresa e direitos autorais de sua obra e, ainda, fala da nova profissão: corretora de imóveis!
A reportagem localizou o pai, o comerciante aposentado Eliezer Aguiar Silveira, 76, em Itororó, município pobre a 293 km de Salvador, para mostrar por que ele não abre mão do direito à fortuna e ouviu especialistas para ajudar mais brasileiros alvos de casos que envolvem dinheiro, mágoa, amor e... Justiça.
Para detalhar seu drama pessoal, Mara Maravilha, recebeu a reportagem em um dos objetos da disputa judicial: seu melhor apartamento, uma cobertura de mais de 200 m2 na Ilha Porchat em São Vicente, litoral de São Paulo. E avisa logo na entrada, com olhar cabisbaixo:

— Nunca falei detalhadamente sobre isso [a disputa com o pai]. Vou me expor pela causa. Sou humilde e tenho amor, mas ajo com Justiça. Não importa o que você construiu. Você pode ter uma bicicleta, mas é sua. Ninguém que não contribuiu para essa conquista deve ficar com ela, a menos que você queira. Espero que meu caso ajude outros brasileiros a defender o que é seu. Deus é amor, mas também é Justiça.

Para entender essa história, é preciso voltar no tempo, mais precisamente 43 anos, quando a menina batizada de Eliemari, aos dois anos, foi alvo de disputa após a separação dos pais, em Itapetinga, interior da Bahia. O pai, o comerciante Eliezer Aguiar Silveira, chegou “a sequestrar a criança”. De família mais pobre, a mãe, Marileide Félix, conseguiu a guarda, mudou de cidade e pai e filha nunca mais se viram... Até a Mara virar a Mara.
Depois que meu pai não conseguiu minha custódia, ele abriu mão de mim. Não participou da minha criação. Não quero crucificá-lo, mas ele abriu mão de mim, isso é fato! Apareceu quando eu já era a Mara Maravilha. Minha mãe ouviu muita humilhação por ser mais pobre. Quando ela se casou com meu padrasto [o artesão Raimundo Souza], eu tinha cinco anos. Foi quando passei a ter um pai de verdade.

Mas por que Mara está tão preocupada com a divisão dos seus bens se a partilha só deve acontecer se ela morrer? Ela responde:
— Minha mãe se foi este ano. Estou fragilizada e penso que pode acontecer comigo. Para morrer basta estar viva. Não posso ir em paz se ficar essa situação. Quero poderdoar 100% do que construí para quem eu acho que merece. É preciso mudar a legislação. Não é justo.

Quando teve problema de apendicite e saiu na imprensa que a cantora havia sido internada, seu Eliezer ligou para saber da filha. A mãe de Mara atendeu a ligação:
— Minha mãe era uma pessoa muito estourada. Ela atendeu à ligação e disse: “você só liga quando ela está doente, para quê, para saber se ela morreu?
Fonte: r7
Publicado Por: Laysa Borges







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