No entanto, prefeito quer reajustar salários dos secretários municipais
Foto: Thiago Bergamasco
João Emanuel e Mauro Mendes: prefeito manterá aumento do Legislativo
Da Redação
O prefeito Mauro Mendes (PSB) descartou vetar o aumento do salário dos vereadores de Cuiabá. Segundo ele, o reajuste de 63% no salário dos parlamentares, que de R$ 9,2 mil saltou para R$ 15 mil, é um assunto que compete ao Legislativo.
Ele tem até o dia 22 de fevereiro para sancionar ou vetar o projeto aprovado pela Câmara em 21 de dezembro passado. “Ainda não apreciei o projeto do aumento, mas não penso em vetar. Isso é questão interna corporis da Câmara. Eles que têm a prerrogativa de decidir sobre isso”, disse, em entrevista ao MidiaNews.
Na última sexta-feira (18), Mendes vetou o aumento do próprio salário, que havia sido aprovado pela Câmara na mesma sessão. Pelo projeto vetado, o salário dele passaria de R$ 15 mil para R$ 22 mil.
A medida foi interpretada como “pressão” para que os vereadores seguissem o mesmo caminho e anulassem seus aumentos, além de criar a expectativa de que Mendes também pudesse vetar o aumento dos parlamentares.
A medida, porém, poderia levar o prefeito a uma nova crise com o Legislativo. Logo nos primeiros dias do seu Governo, Mendes já sofreu sua primeira derrota na queda-de-braço com a Câmara, que é presidida pelo vereador João Emanuel (PSD).
O pivô da crise foi o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Mendes defendia o aumento e a Câmara resolveu entrar com uma ação judicial para anular o reajuste, aprovado no mesmo dia dos aumentos salariais. Por fim, o prefeito recuou e desistiu de aplicar a nova tarifa.
Aumento para secretários
O prefeito informou, ainda, que pretende aumentar o salário dos secretários municipais, que hoje é de R$ 9,2 mil.
Devido ao fato desse valor ser inferior à média salarial de executivos de grandes empresas, Mauro Mendes teve dificuldades em compor seu secretariado com pessoas de perfil mais técnico e menos político, conforme ele pretendia – muitos não consideraram vantajoso deixar a iniciativa privada e abraçar o serviço público.
“Quando você compara as responsabilidades e nível salarial do mercado, o salário de secretário em Cuiabá está um pouco defasado. Isso vai ser objeto de um estudo específico e consistente e, se eu achar que deve, vou propor um projeto de lei para aumentar os vencimentos deles”, disse.
“Vamos comparar com os salários do Governo do Estado e de outras prefeituras, para que a decisão seja tomada em cima de argumentos que possam ser defendidos. Esse estudo que vai determinar é essa defasagem e qual é o patamar salarial possível”, completou.
O prefeito não quis falar em valores, mas sabe-se que o salário dos secretários não pode ultrapassar o valor do salário do prefeito (R$ 15 mil), que é o teto do funcionalismo público municipal.
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