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» »Unlabelled » Internação compulsória: decisão que salva ou que viola direitos?


Carla Rodrigues
Especial para o Jornal de Brasília




Que liberdades são privadas e quais direitos são tirados quando um viciado em drogas é internado contra a sua vontade? Advogados e integrantes do governo tentam responder à questão. A discussão é polêmica, levando-se em consideração que usuários de drogas, conscientes ou não dos seus atos, são cidadãos que devem ser respeitados em sua individualidade. Por outro lado, dados da Defensoria Pública do DF apontam para uma média de dez pedidos diários de internação compulsória por parte dos familiares. Só em fevereiro deste ano, o órgão somou 140 solicitações. 

Neste contexto, mais um problema surge: não há no DF qualquer clínica de tratamento gratuita, exceto os chamados centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD). Hoje, quem consegue internação é encaminhado a cidades goianas e mineiras, ao custo de R$ 4 mil por pessoa. Para os parentes dos dependentes, a distância é ainda outra barreira no tratamento. “Vejo meu filho só uma vez por mês. É muito sofrido isso. Mal consigo falar com ele por telefone”, relata Ioná Pereira de Jesus, 37 anos, mãe de um jovem viciado em crack, que hoje está em recuperação em Unaí, Minas Gerais.

Sem vagas

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o DF tem hoje mais de três mil pessoas vivendo nas ruas. Aproximadamente 90% delas são viciadas em drogas. Mesmo que pudessem ser internados compulsoriamente, sem precisar recorrer à decisão judicial, a região não oferece vagas. Para dependentes de crack, por exemplo, são oferecidas apenas 92. Número baixo, considerando-se que de setembro de 2011 até o mesmo período do ano passado, a rede pública de saúde atendeu quase 90 mil dependentes de drogas.

Em todo o DF, são apenas 70 clínicas particulares. “Não tinha condições de pagar. Então, recorri ao pedido judicial porque não conseguia mais ver meu filho naquele estado. Um dia, de cueca sentado na cama, porque ele dava suas roupas em troca de crack, ele me disse: ‘Mãe, me ajuda, sozinho eu não consigo”, conta, chorando, Ioná. O jovem tem 20 anos e está em reabilitação há quase quatro meses. “Essa foi forma que achei para tentar salvar sua vida”, completa a dona de casa.

Ela diz que sua vida parou depois que o rapaz se envolveu com drogas: “São cinco anos de luta. Já fiz de tudo: me disfarcei de homem para entrar nos pontos de venda de drogas e tentar achá-lo”.

Leia mais na edição digital desta terça-feira (02) do Jornal de Brasília. Acessewww.clicabrasilia.com.br/edicaodigital e confira.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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