A atitude do governador não foi uma vingança ou um destempero num momento de fúria contra críticas formuladas pelo partido na área de saúde, que foram veiculadas nas emissoras de TV.
Pelo contrário, a postura de Agnelo frente ao PPS revela um alinhamento militante com a presidenta Dilma. O PPS é hoje um partido de oposição seja no plano federal como local.
O presidente nacional, Roberto Freire, transformou o partido numa legenda de aluguel para os detratores do projeto nacional do PT.
No Distrito Federal a intervenção de Freire deixou claro esse caráter.
O ex-deputado Augusto Carvalho reconhece claramente os excessos oposicionistas de Roberto Freire. Tanto é verdade que Augusto não endossa a forma como o partido resolveu utilizar suas inserções partidárias com críticas à área da saúde.
Como ex-secretário da pasta, Carvalho reconhece a complexidade dos problemas do sistema público de saúde do DF e sabe que as soluções e programas exigem compromissos com o SUS e uma tenaz persistência na busca por melhores resultados.
Portanto, a crítica formulada pelo PPS do DF contra a saúde pública e o governo Agnelo não encontrou endosso nem mesmo no quadro mais experiente da legenda.
Agnelo não alimenta mais qualquer ilusão quanto ao papel que o PPS cumprirá nas próximas eleições. Será um obstinado adversário do PT! Por isso, não há o menor sentido em permitir que o partido tenha o exercício de um mandato na Câmara dos Deputados.
A decisão de Agnelo não foi contra Augusto Carvalho, mas contra a política autoritária e covarde empreendida por Roberto Freire aos quadros do partido no DF.
Cesar Diniz,Cientista Politico
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