Sueli de Freitas
Do UOL, em Brasília
dro Ladeira/Frame

Durante sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) mostra cartaz a manifestantes onde está escrito "Queimar rosca todo o dia"
Muita confusão e bate-boca em plenário marcaram a primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania após a eleição do presidente do colegiado, deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), realizada na tarde desta quarta-feira (13). Ao final da sessão, o pastor saiu cercado de seguranças da Casa e deputados aliados tentando escapar dos manifestantes que gritavam palavras de ordem pedindo a sua saída da presidência.
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O corredor ficou pequeno para tanta gente e o empurra-empurra só acabou quando o deputado conseguiu escapar e os seguranças e aliados fizeram uma barreira para não deixar ninguém passar.
Os manifestantes continuam na Câmara, ocupando o corredor em frente à secretaria da CDHM. Eles querem falar com o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
A sessão já começou tumultuada. Deputados do PT que compareceram sob obstrução, ou seja, sem assinar a lista, alegaram falta de quórum e pediram a contagem de parlamentares em plenário, alegando que titulares e respectivos suplentes assinaram a lista de presença. O pedido foi indeferido pelo presidente Feliciano.
A deputada Érika Kokay (PT-DF) afirmou que se dirigia à mesa na condição de vice-líder do partido, mas teve seu pedido de verificação de quórum negado e a vice-liderança questionada pelo pastor-presidente. Ela também tentou discutir a ata da última reunião, mas a votação da ata prosseguiu sem debate.
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Após a deputada dizer que "não reconhecia" Feliciano como presidente da comissão, o pastor afirmou que estava "cassando a palavra dela". O tumulto continuou com cortes de áudio e muitas palavras de ordem de manifestantes presentes ao plenário, tanto contrários à indicação de Feliciano como favoráveis ao nome do deputado para presidir a Comissão.
O presidente Feliciano afirmou para os manifestantes que não "se curva às pressões", e deu continuidade às votações.
O deputado Nilmário Miranda (PT-MG) foi até a mesa e perguntava ao presidente "por que o senhor não me dá a palavra?", enquanto Feliciano continuava a ler um requerimento. Outros deputados petistas também se dirigiram à mesa alegando descumprimento do Regimento Interno.
Acalmados os ânimos, Nilmário Miranda usou o microfone para anunciar que estava deixando a sessão até que Feliciano "se comportasse como presidente". Ele foi seguido por outros parlamentares petistas que também deixaram a sessão.
Os trabalhos foram até o fim apesar do pedido de suspensão da sessão para que fossem garantidas condições para Feliciano exercer a presidência, feito pelo deputado Anderson Ferreira (PR-PE). Já o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que apesar de não ser membro da Comissão estava presente, pediu que o presidente renunciasse.
No restante da sessão, foram aprovados sete requerimentos para realização de diligências e audiências públicas sobre temas como maus-tratos no sistema prisional, situação de moradores de rua, inclusão no mercado de trabalho, dentre outros.
Os trabalhos transcorriam dentro de certa normalidade, com alguns protestos de populares, quando o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi até o local onde estavam os manifestantes LGBT e apresentou um papel com a frase "queimar rosca todo o dia". A reação foi imediata, e seguranças tiveram que impedir um confronto.
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