O deputado Cícero Magalhães (PT), esteve na manhã de hoje(06) na Eletrobrás Piauí, na tentativa de intermediar a solução para o problema energético que assola os povoados Cebola e Serafim, zona rural sul de Teresina. Mesmo dispondo de uma área de 25 hectares, as 72 famílias das duas comunidades não conseguem aproveitar toda a terra para plantio, por falta de energia compatível para implantar um projeto de irrigação.
Os agricultores já dispõem de 16 poços, além de equipamentos como bomba e caixa d'água, tudo parado. Para funcionar é necessária a alimentação de energia trifásica, mas no local só chega energia monofásica.
"A gente só pode plantar no período do inverno. A terra tá lá arada esperando a chuva. No verão que a gente ganharia um pouco mais no preço dos produtos, ninguém trabalha" reclamava Pedro Azevedo, da associação de moradores da Cebola.
Sensível ao sofrimento dos agricultores, Magalhães cobrou providências. "Se a empresa não tiver um pouco mais de sensibilidade, esse discurso da empresa de levar melhorias à população vira falácia" disse o parlamentar.
O assistente da presidência da Eletrobrás Piauí, José Salan Barbosa Melo, afirmou que a companhia não dispõe de programas para atender a comunidade. Segundo ele, esse tipo de melhoria não se enquadra no programa Luz para Todos, do governo federal, que se resume à expansão. Salan disse que a solução seria a contratação direta de empresas terceirizadas para atuar na regularização de rede e pequenas expansões. "A Eletrobrás já realizou licitação para esses serviços, mas as duas empresas vencedoras desistiram" explicou.
Mas o problema dos agricultores pode ser resolvido pelo governo do Estado. A Eletrobrás firmou convênio com o Estado do Piauí, através da Secretaria de Mineração, através do qual isentou um débito da AGESPISA, no valor de R$ 15 milhões, com a condição desse valor ser revertido em investimentos no sistema elétrico.
"O governador Wilson Martins disse a nós na Assembléia Legislativa que tem R$ 2 bilhões para investir no Piauí. Mas não está olhando para a zona rural. São inúmeros os problemas nas comunidades e vamos cobrar o investimento desses R$ 15 milhões no que é devido" finalizou Magalhães.
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