Lixão será fechado até junho |
No comando da Secretaria de Meio Ambiente desde o início do governo Agnelo, Eduardo Brandão (PV), na foto acima, diz em entrevista ao que 2013 será um ano de muitas mudanças na área. A começar pela prometida desativação do lixão da Estrutural que, segundo Brandão, será concluída até junho. Mesmo prazo dado pelo secretário para a criação de um cadastro ambiental com a lista de empresas que estão em dia com as compensações ambientais. ...
Temos o dever de dialogar com o futuro e trazer Brasília para a sustentabilidade. Brasília nunca teve uma coleta seletiva, não tem tratamento de resíduos. Ela tem um lixão e o que é pior, catadores que trabalham em cima da massa. Esse é o pior câncer ambiental que nós temos, com o chorume, com o vazamento de gases do lixão. Fechar o lixão não é fácil. Se fosse outros já teriam feito, mas essa é a determinação do governador Agnelo e para isso nós temos que trabalhar em três frentes.
Faremos o tratamento e a deposição final dos resíduos domiciliares e comerciais, que é de 2,7mil toneladas, e do resíduo da construção civil, que é 7 mil toneladas. E também daremos solução para os catadores.
Nós já iniciamos as obras no aterro que vai substituir o lixão. São obras de edificações, cerca, barreira verde e agora, no dia 28 de janeiro, sairá o edital de operação para escolher a empresa que vai administrar o aterro. Além disso, no dia 26 vai sair o edital da coleta seletiva.
Esse é o ano do fechamento efetivo do lixão da Estrutural. Temos dificuldades com alguns que se acham dono do lixão e até mesmo com o Ministério Público, apesar de nós discutirmos muito isso com eles. Existe uma meta, que é antes da Copa da Confederações, em junho. Esse grande evento é uma motivação para mostrar para o mundo o que é Brasília sem um lixão.
Nosso governo é de origem esquerda. A coisa mais importante é o social. Já está definido pelo governador que eles serão remunerados pela reciclagem. Se nós vamos pagar uma empresa para aterrar o lixo, porque não pagar também para as cooperativas, que vão aumentar a vida útil do próprio aterro, já que elas diminuem a quantidade de lixo que será aterrado? Eles vão trabalhar no centro de triagem. Além disso, temos um projeto de indústrias de reciclagem na Ceilândia que será feito em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Nós temos hoje em Brasília 72 parques. Mas alguns as pessoas nem sabem que é parque. São parques de papel. Então o plano é lançar e inaugurar a obra do parque ao mesmo tempo em que avisamos a comunidade, aproveitando para ouvir as melhorias que ela quer. Os recursos para as obras são todos de compensações ambientais. Em média, R$ 2 milhões por parque. No momento, 25 estão sendo revitalizados. É um projeto que muito me orgulha porque o meio ambiente nunca teve recurso e para todas essas obras nós precisamos de verba. Vamos lançar um cadastro ambiental até o meio do ano. A empresa que estiver em dia com as compensações ambientais terá novos empreendimentos apreciados no órgão ambiental. Quem não estiver, não precisa nem tentar. Então é bom que venha pagar o que deve para a natureza.
Monitoramos relatórios semanais junto com a Terracap e temos técnicos acompanhando as obras. É claro que existem dificuldades e tivemos problemas. Mas já autuamos a Terracap e agora eles têm uma equipe só para cuidar do Noroeste, o que já melhorou muito. Estamos cobrando todas as prerrogativas para que o bairro seja sustentável, inclusive em relação ao Parque Burle Marx. Já investimos cerca de R$ 20 milhões na implantação do parque.
Eu acho que quem não se sente atendido tem que se queixar, mas não pode esquecer que Brasília sofreu um tsunami anteontem. Que não foi há dez anos e que gerou uma reação em cadeia. Não foi um carro que saiu da estrada. Foi um trem que saiu do trilho. Eu penso que o governo Agnelo merece nota dez e não é puxação de saco. Nós conseguimos consertar esse efeito dominó com muito trabalho. E eu acho que, a partir de agora, a população vai perceber as mudanças.
Fonte: Blog do Sombra
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