Rendimento alto do serviço público deixa o DF como o mais desigual do país
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou hoje (16), estudo sobre o rendimento médio do pessoal ocupado no Distrito Federal, comparando a renda dos assalariados no setor público com as demais ocupações.
“O estudo, feito com base na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD)/DF-2011, retrata os altos salários do serviço público no Distrito Federal, que tem o maior PIB per capita e maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), se comparado a outras unidades da Federação”, afirmou o presidente da Codeplan e um dos autores do estudo, Júlio Miragaya.
Segundo a PDAD, do total do pessoal ocupado residente no Distrito Federal, 22,1% eram assalariados no setor público, e 77,9% pertenciam às demais ocupações. Entretanto, houve um contingente relevante, 12,2% do total ocupado, que não declarou rendimento na pesquisa, sendo que este percentual foi de 17,9% entre os assalariados no setor público.
As melhores remunerações estão no setor público, ocupadas por pessoas que residem nas dez regiões administrativas de renda elevada, com alta qualidade de vida. Nessas regiões, residem mais de 70% dos que têm rendimento entre 10 e 20 salários mínimos, percentual que sobe para quase 90% entre os que têm rendimento acima de 20 salários mínimos, o que torna evidente a desigualdade na escala espacial, apresentando 84,8% dos assalariados no setor público com rendimento mensal superior a cinco salários mínimos, sendo que 43,7% ganham acima de 10 salários mínimos.
Quanto às demais ocupações, mesmo nas regiões administrativas de renda alta, apenas 35,86% possuem rendimento mensal acima de cinco salários mínimos, sendo que 14,47% ganham acima de 10 salários mínimos.
De outro lado, os assalariados no setor público com rendimento de até dois salários mínimos são em número reduzido, menos de três mil ou 2,87% do total dos que declararam renda, enquanto nas demais ocupações totalizam quase 55 mil pessoas, correspondentes a 35% do total de ocupados.
Para Miriam Francisca Ferreira, coautora do estudo, a pesquisa vai ser acompanhada e vai explorar a realidade escondida.
“Embora Brasília tenha 52 anos de existência, foi construída uma sociedade como a mais desigual do País, pois há uma parcela importante da sociedade com altos salários, havendo um deslocamento entre o rendimento do servidor público e as demais ocupações”, finalizou Miragaya.
Fonte: Codeplan
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou hoje (16), estudo sobre o rendimento médio do pessoal ocupado no Distrito Federal, comparando a renda dos assalariados no setor público com as demais ocupações.
“O estudo, feito com base na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD)/DF-2011, retrata os altos salários do serviço público no Distrito Federal, que tem o maior PIB per capita e maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), se comparado a outras unidades da Federação”, afirmou o presidente da Codeplan e um dos autores do estudo, Júlio Miragaya.
Segundo a PDAD, do total do pessoal ocupado residente no Distrito Federal, 22,1% eram assalariados no setor público, e 77,9% pertenciam às demais ocupações. Entretanto, houve um contingente relevante, 12,2% do total ocupado, que não declarou rendimento na pesquisa, sendo que este percentual foi de 17,9% entre os assalariados no setor público.
As melhores remunerações estão no setor público, ocupadas por pessoas que residem nas dez regiões administrativas de renda elevada, com alta qualidade de vida. Nessas regiões, residem mais de 70% dos que têm rendimento entre 10 e 20 salários mínimos, percentual que sobe para quase 90% entre os que têm rendimento acima de 20 salários mínimos, o que torna evidente a desigualdade na escala espacial, apresentando 84,8% dos assalariados no setor público com rendimento mensal superior a cinco salários mínimos, sendo que 43,7% ganham acima de 10 salários mínimos.
Quanto às demais ocupações, mesmo nas regiões administrativas de renda alta, apenas 35,86% possuem rendimento mensal acima de cinco salários mínimos, sendo que 14,47% ganham acima de 10 salários mínimos.
De outro lado, os assalariados no setor público com rendimento de até dois salários mínimos são em número reduzido, menos de três mil ou 2,87% do total dos que declararam renda, enquanto nas demais ocupações totalizam quase 55 mil pessoas, correspondentes a 35% do total de ocupados.
Para Miriam Francisca Ferreira, coautora do estudo, a pesquisa vai ser acompanhada e vai explorar a realidade escondida.
“Embora Brasília tenha 52 anos de existência, foi construída uma sociedade como a mais desigual do País, pois há uma parcela importante da sociedade com altos salários, havendo um deslocamento entre o rendimento do servidor público e as demais ocupações”, finalizou Miragaya.
Fonte: Codeplan
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