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Governo do DF muda política educacional na educação básica

Escolas das regionais de ensino do Guará, Recanto das Emas, São Sebastião, Núcleo Bandeirante e Santa Maria serão as primeiras do Distrito Federal a ampliar a Política Educacional do Ciclo de Aprendizagem no currículo da educação básica. Na prática, os 4º e 5º anos do ensino fundamental serão convertidos em um só período de aprendizagem. A reestruturação substitui o sistema convencional de seriação por divisão em ciclos. Isso quer dizer que a reprovação de alunos obedecerá a novos critérios.

Ao todo, 70 instituições de ensino adotarão a medida, que beneficiará cerca de 35 mil alunos. A meta é que até 2014 toda a educação básica seja organizada em ciclos. Uma das principais propostas da Política de Ciclos é organizar o conteúdo programático por setores do conhecimento. Essas áreas foram divididas em linguagem, matemática, ciências da natureza e ensino religioso.

"É um ganho imenso para o professor, que terá o número de aulas e alunos reduzidos, podendo se dedicar mais a sanar os problemas de um pequeno grupo. Os conteúdos serão interligados, e, com as novas estratégias de ensino, os alunos poderão fixá-los por aprendizagem e não por decoreba", avaliou o secretário de Educação, Denilson Bento da Costa.

Semestralidade - A outra novidade diz respeito ao ensino médio, que se chamará quarto ciclo. Essa etapa da educação básica manterá a divisão seriada com os tradicionais 1º, 2º e 3º anos. A diferença é que cada ano letivo será dividido em dois blocos semestrais, que agora ganharam o nome de semestralidade. As disciplinas de português, matemática, educação física, ensino religioso e parte diversificada (que reúne conteúdos da diversidade étnica, de gênero, entre outros) estarão presentes nas duas semestralidades.

Os demais conteúdos foram divididos e serão ministrados em cada um dos semestres. De acordo com o secretário de Educação, na semestralidade há duas chances de recuperação: uma no primeiro semestre e outra no final do ano. "As escolas que adotarem o sistema também terão mais recursos para investir em materiais como retroprojetor. Temos que fazer com que o DF volte a ser um dos primeiros colocados no IDEB [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica]", reforçou o secretário.

A mudança, que substitui o sistema de seriação convencional por ciclos, ajudará a reduzir o índice de reprovação. De acordo com o Censo Escolar de 2011, o DF possui a segunda maior taxa de reprovação do Brasil (quase 20% do ensino médio). O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) também apontou uma queda de posição do DF no IDEB.

Diretrizes – Os 6º, 7º e 9º anos do ensino fundamental corresponderão ao terceiro ciclo, que só funcionará em escolas que apresentarem condições de adotar o novo sistema. Por enquanto, apenas 13 escolas estão habilitadas. Já os 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental foram convertidos em Bloco I do segundo ciclo entre 2005 e 2008.

As reestruturações são feitas com base no artigo 23 da Lei de Diretrizes e Bases, que diz que: "A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar."

Fonte: Agência Brasília

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