Paulo de Tarso Lyra - Correio Braziliense
Considerada a ministra mais bonita da Esplanada, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, odeia quando a sua descrição começa pela exaltação às características físicas. “É uma forma de esvaziar as qualidades”, reclama ela, que já admitiu, contudo, ter feito plástica nos seios após amamentar, aplicações de botox para amenizar as rugas e orações para que o tempo passe mais devagar. Tenta fugir, mas, desde cedo, a beleza a persegue: o nome Gleisi é uma homenagem à princesa de Mônaco, Grace Kelly. Não aparenta os 46 anos que tem, mantém o estilo de menina do nariz arrebitado e quase sempre deixa uma impressão errada aos seus interlocutores. “Não se engane. Passar a Gleisi para trás é quase impossível”, avisa um assessor palaciano.
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Gleisi não é alta, mas manda que nem gente grande. Durante a primeira semana de janeiro, praticamente comandou o país enquanto a presidente Dilma Rousseff estava de férias na Base Naval de Aratu (BA), e o vice-presidente Michel Temer permaneceu em São Paulo. “Na primeira reunião ministerial do ano passado, a presidente deixou claro que Gleisi seria sua grande interlocutora ao avisar que os ministros deveriam reportar-se a ela”, lembrou o assessor.
O terceiro ano do mandato da presidente também passará, necessariamente, pelo gabinete de Gleisi. É dela a responsabilidade de colocar em prática os ambiciosos planos de concessão de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias anunciados por Dilma em 2012. Reuniões intermináveis, viagens ao exterior para conhecer as experiências de outros países, leitura de estudos e pareceres técnicos. No fim do ano passado, indagada sobre dicas de livros para as horas vagas, a ministra respondeu, meio desapontada: “Ultimamente só leio relatórios sobre portos”.
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