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» »Unlabelled » Levantamento indica que 43% dos furtos na UnB são de objetos no interior de veículo




Duas professoras foram vítimas de furto na primeira semana do ano no campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília. Vitória Ferrari, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, e Maria Lúcia Leal, do Departamento de Serviço Social, encontraram seus carros arrombados e sem os pneus reservas após deixarem os veículos estacionados enquanto trabalhavam em suas unidades acadêmicas. Os dois casos ocorreram à luz do dia, no estacionamento da Ala Norte do Instituto Central de Ciências.

Embora o número de ocorrências tenha caído no ano passado em relação a 2010 e os crimes reflitam uma realidade que atinge todo o Plano Piloto, os dois furtos colocaram em alerta o Conselho Comunitário de Segurança da UnB. "Até o final de janeiro, aprovaremos o termo de referência para contratação de empresa especializada para elaborar um plano de segurança para a Universidade", anunciou Carolina Cássia, decana de Assuntos Comunitários e presidente do conselho. "Queremos um plano que atenda a nova realidade da UnB, que cresceu não só no número de alunos e professores, como também em espaço físico", completou.


Além do plano de segurança, a Prefeitura deverá fazer licitação para a compra de mais câmeras de vigilância, segundo Damião de Sousa, coordenador técnico do Centro de Manuntenção de Equipamentos. Atualmente, existem 30 delas espalhadas no campus. Entre os técnicos que conhecem a realidade da UnB, seria necessário multiplicar esse número no mínimo por dez, levando em conta a necessidade de fiscalizar espaços externos e internos.



A compra do sistema em funcionamento, que custou R$ 1,3 milhão, faz parte de uma série de ações que a Universidade vem implantando para diminuir as ocorrências policiais no campus. Hallen Pereira, engenheiro responsável pelo monitoramento das câmeras, defende que o projeto venha acompanhado da poda sistemática das árvores, corrigindo um problema do atual sistema - a coleta de imagens é prejudicada pelas folhas das grandes copas.

ESTEPES - O agente da 2ª Delegacia de Polícia, Wavison Akson, responsável pela ronda na Universidade, alerta que furto de estepes é o crime mais comum no campus Darcy Ribeiro. Das 193 ocorrências registradas ano passado pela Coordenadoria de Proteção ao Patrimônio, órgão da Prefeitura da UnB, 43% foram de furto em interior de veículo, o equivalente a 83 ocorrências.



O número é ainda maior que o anotado pela 2ª DP. Em 2011, o órgão registrou 80 furtos em interior de veículos no Darcy Ribeiro, uma queda de 25% em relação a 2010. A maior parte dos casos ocorreu entre às 9h e 14h, horário em que as duas professoras foram vítimas dos furtos. Vitória Ferrari percebeu que o carro estacionado na entrada no Minhocão havia sido arrombado às 12h50 desta terça-feira ,3. "Tomei um susto. O vidro estava quebrado", conta.


A cena é a mesma descrita por Maria Lúcia Leal, que teve um prejuízo ainda maior. Além do estepe, os ladrões carregaram uma mala cheia de roupas e objetos que a professora levaria em viagem à Espanha. Somando o conserto do vidro, a perda foi de R$ 1,5 mil. O furto aconteceu entre 11h30 e 12h10, na rua paralela aos bambuzais, também na entrada do Minhocão. "Estou indignada. Eu estava trabalhando e, de repente, me vejo totalmente desprotegida", desabafou.


PESSOAL - Dois policiais militares fazem a ronda diária no campus, que conta ainda com 120 vigilantes do quadro e 144 terceirizados, mesma relação funcional de 500 porteiros. O número é considerado insuficiente por Eraldo Vieira, coordenador substituto de segurança da UnB. "São seis milhões de metros quadrados para vigiar. Não tenho gente nem equipamentos para isso", afirma.


É da responsabilidade do vigilante, entre outras coisas, percorrer a área sob sua responsabilidade, escoltar e proteger as autoridades indicadas, além de vigiar a entrada e saída das pessoas ou bens. Aos porteiros cabe fiscalizar, observar, orientar e controlar a entrada e saída de pessoas, materiais e equipamentos. Eles recebem, identificam e encaminham essas pessoas e equipamentos aos seus destinatários, dentro ou fora do horário de funcionamento da FUB.


A Universidade de Brasília não tem poder de força polícial. A equipe de segurança é resonsável pela segurança patrimonial, comforme a artigo 99 do Código Civil, que classifica a instituição na categoria de bem público especial.  Já os espaços abertos, como o estacionamento, são bens de uso comum. A segurança desses espaços compete à Polícia Militar. "O papel da equipe que vigia o campus é o de entrar em contato com a polícia quando observa algo errado e não omitir socorro", afirma Eraldo Vieira.


Fonte: UnB Agência

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