Sem serviços públicos essenciais, 133,5 mil pessoas se dividem em 36,5 mil barracos, como esses na Estrutural (foto). Quase 95% das famílias têm água em casa, mas apenas 15% delas possuem esgoto sanitário
Foto: Andressa Anholete/247 (11.11.2011) |
O abismo socioeconômico do Distrito Federal foi alavancado em 2011. Enquanto alguns recebem os maiores salários brasileiros, a falta de estrutura e serviços públicos básicos assolam 36 favelas espalhadas pela capital – uma delas, a do Sol Nascente, em Ceilândia, é a segunda maior do Brasil. Os dados fazem parte de um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com informações do Censo 2010, divulgado na edição desta segunda- feira (9) do Correio Braziliense.
De acordo com a pesquisa, mais de 133,5 mil pessoas vivem em expansões ilegais desordenadas. O número de barracos chega a 36,5 mil, com uma média de 3,7 ocupantes por residência. As mulheres são maioria nas regiões carentes e representam 50, 3% da população que vive nessas condições.
As favelas são caracterizadas pela urbanização desestruturada. As ruas são estreitas, os lotes não seguem formas e tamanhos padronizados, e o mais grave: a maior parte da comunidade é desassistida pelo governo. Índices do IBGE apontam que apenas 45,3% das favelas são abastecidas pela Companhia Energética Brasileira; 54,4% dos barracos têm fonte de energia elétrica irregular; 0,3% das famílias vivem às escuras.
O serviço de coleta de lixo também é precário nessas áreas, deixando a população vulnerável aos riscos de doenças e potencializando o problema de saúde pública. O levantamento mostra que só 53,3% dos domicílios são assistidos pelos caminhões do Serviço de Limpeza Urbana. Com a falta de suporte, 32,5% das casas utilizam caçamba para retirar o lixo e 14% queimam ou retiram os resíduos por conta própria.
A ausência de saneamento básico é o problema mais grave enfrentado por quem habita os aglomerados ilegais urbanos. Apenas 15% das famílias têm acesso ao esgoto sanitário. O estudo revela que 82% dos domicílios usam fossas sépticas. Para piorar, 71 barracos não tinham qualquer tipo de banheiro e 414 depositavam dejetos no meio ambiente – valas, rio ou vegetação.
O único fator que contradiz a realidade das favelas do DF é o abastecimento de água realizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF. Segundo o IBGE, 94,5% das residências têm água em casa. Apenas 4,2% utilizam poços de nascentes. Em casos extremos algumas famílias ainda acumulam água da chuva, armazenadas em cisternas, ou utilizam outras fontes de água, como rios e córregos.
As áreas pesquisadas pelo IBGE são chamadas de aglomerados subnormais. A nomenclatura diz respeito a lugares que têm a partir de 51 unidades habitacionais carentes desordenadas, sejam barracos ou casas. A falta de serviços públicos essenciais – saneamento básico, energia e água – também é levada em consideração.
De acordo com a pesquisa, mais de 133,5 mil pessoas vivem em expansões ilegais desordenadas. O número de barracos chega a 36,5 mil, com uma média de 3,7 ocupantes por residência. As mulheres são maioria nas regiões carentes e representam 50, 3% da população que vive nessas condições.
As favelas são caracterizadas pela urbanização desestruturada. As ruas são estreitas, os lotes não seguem formas e tamanhos padronizados, e o mais grave: a maior parte da comunidade é desassistida pelo governo. Índices do IBGE apontam que apenas 45,3% das favelas são abastecidas pela Companhia Energética Brasileira; 54,4% dos barracos têm fonte de energia elétrica irregular; 0,3% das famílias vivem às escuras.
O serviço de coleta de lixo também é precário nessas áreas, deixando a população vulnerável aos riscos de doenças e potencializando o problema de saúde pública. O levantamento mostra que só 53,3% dos domicílios são assistidos pelos caminhões do Serviço de Limpeza Urbana. Com a falta de suporte, 32,5% das casas utilizam caçamba para retirar o lixo e 14% queimam ou retiram os resíduos por conta própria.
A ausência de saneamento básico é o problema mais grave enfrentado por quem habita os aglomerados ilegais urbanos. Apenas 15% das famílias têm acesso ao esgoto sanitário. O estudo revela que 82% dos domicílios usam fossas sépticas. Para piorar, 71 barracos não tinham qualquer tipo de banheiro e 414 depositavam dejetos no meio ambiente – valas, rio ou vegetação.
O único fator que contradiz a realidade das favelas do DF é o abastecimento de água realizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF. Segundo o IBGE, 94,5% das residências têm água em casa. Apenas 4,2% utilizam poços de nascentes. Em casos extremos algumas famílias ainda acumulam água da chuva, armazenadas em cisternas, ou utilizam outras fontes de água, como rios e córregos.
As áreas pesquisadas pelo IBGE são chamadas de aglomerados subnormais. A nomenclatura diz respeito a lugares que têm a partir de 51 unidades habitacionais carentes desordenadas, sejam barracos ou casas. A falta de serviços públicos essenciais – saneamento básico, energia e água – também é levada em consideração.
Fonte: Brasília
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