sponsor

sponsor

Slider

Recent Tube

Business

Technology

Life & style

Games

Sports

Fashion

» »Unlabelled » Por que só duas candidaturas no Brasil pluripartidário?


 
Quem não se lembra do bipartidarismo que a ditadura nos impôs durante os anos de um país sem liberdade, de um país sem destino, de um país amarrado à censura com os direitos individuais tolhidos? Quem não se lembra do nosso sistema político que se dizia lá no exílio era a legitimação política de dois partidos a uma feroz ditadura; um era o partido do sim, outro do sim senhor, na época da ARENA e MDB?
Demoramos muito tempo e paulatinamente viemos aprimorando dia-a-dia, eleição trás eleição o nosso sistema político, partidário e eleitoral, caminhando sempre na busca da melhora de nosso amadurecimento democrático. E fomos adiante quando conseguimos superar, logo em um primeiro momento o trauma de um impeachment de nosso primeiro presidente eleito, pelo voto direto, o triste episódio de Fernando Collor de Mello, como há anos imaginávamos, e sairmos ilesos em nossa emergente democracia pós-ditadura.
Por que hoje os políticos que agrupados em grandes partidos, PMDB, PT, PSDB tentam através de um sentimento mal interpretado querer propagar a tolice de inculcar a teoria que nossa próxima eleição presidencial tenha que ser entre o branco e o preto? Entre o lobo e a ovelha? Entre só uma esquerda e uma direitona? Entre só um candidato estatizante e outro privatista?
Nós brasileiros sabemos que a grande quantidade de pequenos partidos muitas vezes age de forma servil aos grandes partidos, mas tê-los funcionando, sem dúvidas é uma conquista democrática da qual não podemos abrir mão com o risco de regredir na conquista livre e soberana da democracia plena. Mas pior, muito pior, é nos submetermos ao autoritarismo pragmático que tentam estes pseudodonos da política que preza a raposa cuidar do galinheiro, como faz o PMDB, PT, DEM e PSDB, pensar que nós brasileiros após conquistar vários degraus de nosso processo democrático tenhamos que votar já no primeiro turno em apenas dois candidatos, como se fôssemos uma tropa de bois a passar entre o brete e a porteira.
Têm-se vários partidos funcionando, não necessariamente precisamos escolher o que pensam as raposas dos grandes partidos, das grandes alianças.
Para o bem destas legendas seria lógico que em nosso sistema eleitoral de dois turnos, tivéssemos a liberdade de escolher no primeiro, o candidato de nosso partido, até para ver o desempenho e fortalecimento dos mesmos, uma vez que vivemos em uma democracia pluripartidária e estes vários partidos só se fortalecerão lançando os seus própios candidatos. Teria que ser uma obrigação que ainda não tem base legal mas que, eleição após eleição, iremos aperfeiçoando para dar robustez ideológica a estes partidos e não aos homens que neles militam.
É aí que vem a cooptação dos maquiavélicos dirigentes dos grandes partidos querendo fazer do primeiro turno um embate plebiscitário entre os seus dois candidatos. Pelo andar da carruagem, vamos ter o que o nosso Brasil e seus eleitores merecem, caindo por terra a vontade unívoca de conduzir os votos da população plebiscitariamente.
Que bom seria ter Cristovam Buarque candidato pelo PDT, Marina pelo PV, Ciro Gomes pelo PSB, Dilma pelo PT, Serra pelo PSDB, Cesar Maia pelo DEM, Heloísa Helena pelo PSOL e candidatos a presidência também pelo PP, pelo PRB, e por todos os outros que queiram ter essa representação no primeiro turno para consolidar o pleito. Sem dúvida, o panorama seria diferente e vários candidatos favoritos cairiam no caminho como castelos de cartas.
Será mais um avanço da conquista de nosso povo em derrubar oligarquias políticas a serviço de seus interesses pessoais. A vontade das raposas não prevalecerá.
Parafraseando Cervantes: “Los perros ladran, Quijote”. “Senhal que caminamos, Sancho”.
João Vicente Goulart é presidente do Instituto João Goulart.

«
Next
Postagem mais recente
»
Previous
Postagem mais antiga

Nenhum comentário:

Leave a Reply