No DF, políticos querem ficar na base e acusam Jungmann de só fazer "barulho"
Por Lorena Pacheco - A briga interna do PPS continua. O ponto da discórdia é o pedido do ex-deputado federal Raul Jungmann, presidente do diretório do partido em Pernambuco, para que a legenda retire o apoio ao governo Agnelo. O PPS tem cargos de confiança no GDF e dois distritais na Câmara Legislativa. Motivações de Jungmann seriam eleitoreiras.
Em reuniões desde a segunda-feira (21), os principais nomes do PPS tentam um consenso. De um lado, o diretório do DF, que se recusa a retirar o apoio a Agnelo. Do outro, Raul Jungmann tenta movimentar o PPS nacional contra o governador do DF. A decisão do PPS-DF foi tomada em congresso regional nos dias 5 e 6 de novembro. Segundo fonte do partido, não há motivo para sair do governo, pois provas concretas contra o governador ainda não foram apresentadas e a decisão foi tomada de maneira democrática.
O presidente do diretório no DF, Aldo Pinheiro, esteve nas reuniões, defendeu os membros do partido e a manutenção do apoio ao governo. Por fim, rebateu Jungmann, também presente. Roberto Freire, presidente nacional do PPS, não quis se comprometer e disse apenas que irá discutir mais o assunto. Uma comissão, do qual Freira faz parte, irá analisar os pedidos de cada grupo e novos encontros serão marcados.
A fonte disse à reportagem que o “barulho” causado por Raul Jungmann teria pretensões eleitoreiras. “O que se ouve dentro do partido é que ele quer disputar o governo do DF, por achar que não haverá outros nomes importantes, como Arruda e Roriz”.
A reportagem tentou contato com Raul Jungmann, mas ele não atendeu as ligações. Alírio Neto, secretário de Justiça do GDF, também não foi encontrado.
Entenda o caso - O ex-deputado Raul Jungmann enviou uma carta ao presidente do PPS, Roberto Freire, no dia 9 de novembro. No documento, Jungmann pede atenção do partido às denúncias feitas contra o governador Agnelo Queiroz.
Além disso, ele ressalta que tais acusações podem manchar a imagem do partido. Jungmann explica também que o partido “é um só. Do Rio Grande do Sul ao Amazonas. Do Norte ao Sul. Passando por Pernambuco. No Distrito Federal”. Ele se refere ao fato de o PPS ser oposição ao PT no governo federal, um contraponto à situação no DF. O PPS-DF se recusa a sair da base de apoio na Câmara e do governo.
Fonte: Jornal Alô
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