Operários de estádio do DF decidem em assembleia manter paralisação
Sindicato diz que funcionários consideraram propostas do consórcio 'tímidas'.Nova audiência de conciliação no TRT está marcada para quinta-feira (3).
Do G1 DF
Os operários do Estádio Nacional de Brasília decidiram em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (1) manter a greve da categoria. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB) informou que os trabalhadores consideraram as propostas do Consórcio Brasília 2014, responsável pelas obras, “muito tímidas” na audiência de conciliação desta segunda-feira (31) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região.“Entramos em consenso em vários pontos, mas a questão financeira não está avançando. Eles ofereceram R$ 50 apenas em cestas básicas. Reivindicamos R$ 176 na cesta”, explicou o secretário-geral do sindicato, Raimundo Salvador.
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Ainda de acordo com o secretário-geral, a questão da gratificação mensal e horas extras também estão pendentes. Os trabalhadores reivindicavam, inicialmente, R$ 800 de gratificação mensal, equivalente a cerca de 80% do salário. Salvador informou que os operários aceitaram diminuir em 50% o valor.“Aceitamos a gratificação de R$ 400, R$ 300 e R$ 200, relativo a cada profissão, mas teremos que discutir na próxima audiência de conciliação do tribunal”, disse o secretário-geral.O TRT agendou para a próxima quinta-feira (3), uma segunda audiência de conciliação. Uma nova assembleia da categoria está marcada para acontecer na manhã da próxima na sexta-feira (4).Os 2,3 mil trabalhadores estão parados desde o dia 26. Eles reclamam do salário – que varia de R$ 650 a R$ 1 mil; da falta de plano de saúde e odontológico; das condições do alojamento e da qualidade da comida servida.Na audiência desta segunda-feira (31) no TRT o Consórcio Brasília 2014, informou que ofereceu na audiência um abono correspondente a 30% do salário a ser pago em dezembro e proporcional aos meses trabalhados. Além disso, propôs a entrega de cestas básicas no valor de R$ 50. Os trabalhadores pedem cesta de R$ 176.A assessoria do consórcio disse que algumas reivindicações já haviam sido acatadas, como pagamento de plano odontológico e reforma dos alojamentos e refeitórios, concluída nesta segunda (31). Outros pedidos, como plano de saúde e aumento do valor das horas extras, foram negadas.
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