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HÉLIO DOYLE: “AGNELO NÃO TEM MUITO A FAZER, A NÃO SER GOVERNAR”

O que o governador Agnelo Queiroz pode fazer diante das acusações feitas contra ele e reproduzidas nos principais veículos de imprensa do país? Muito pouco. Já deu resposta oficial, já falou a jornalistas, tem advogados que certamente estão acompanhando as investigações iniciadas na Polícia Civil, levadas à 10ª Vara Criminal, que passaram pelo Ministério Público Federal e agora estão no Superior Tribunal de Justiça.
Não adianta o governador ficar respondendo a cada nova reportagem, a não ser que as matérias apresentem fatos novos relevantes ou que ele tenha uma prova cabal de sua inocência. Também não adianta se recolher para não ser questionado. Essa é sempre a pior atitude que uma pessoa pública acusada pode ter, apesar de ser a geralmente proposta por advogados que podem entender de Direito, mas nada sabem de gestão de crises e de imagem. São bons na área jurídica, ruins na política.
Outra coisa que não adianta é tentar desqualificar as acusações desqualificando os acusadores. Durval Barbosa, réu em inúmeros processos, poderia ter suas denúncias desqualificadas por causa de seu passado. Mas essas denúncias derrubaram um governo e provocaram a maior crise política já vivida em Brasília.
Há uma contradição no governo de Agnelo Queiroz que tem reflexos no clima que, diante das acusações, se cria em Brasília, ou pelo menos nos círculos mais bem informados. Por um lado, o governador tem forte base política, parlamentar e empresarial. Mas, por outro, não ganhou a opinião pública nesses 10 meses de governo. Seu governo não encanta, nem empolga.
O que o governador tem de fazer, agora, é governar. As denúncias não podem parar o governo. Além de governar, esperar.
FONTE: BLOG DO HELIO DOYLE

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