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» » PPS pede investigação sobre 'KGB' da Câmara

Reportagem de VEJA mostra que presidente da Casa autorizou que agentes da corporação intimidassem sem-terra, vigilante e lavador de carros que acusam petista de compra de votos

O PPS vai pedir à Corregedoria da Câmara que apure o envolvimento do presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), no uso da Polícia Legislativa para intimidar três pessoas que acusam o deputado Policarpo (PT-DF) de compra de votos na disputa de 2010: o sem-terra Francisco Manoel do Carmo, o lavador de carros Edmilson Almeida Lopes e o vigilante Paulo Batista dos Santos.

A edição de VEJA que chegou nesta sexta-feira às bancas mostra como os agentes da corporação excederam seus poderes e convocaram as testemunhas do caso a prestar depoimento a respeito do caso. Os intimados nem mesmo trabalham na Câmara. Em vez de investigar como Policarpo comprou votos na disputa de 2010, a Polícia Legislativa apurava um suposto crime de chantagem cometido pelos denunciantes. A atitude excede os limites legais dos servidores, que deveriam se dedicar à segurança interna da Casa.

Função - Os investigados pela política política de Marco Maia confirmam ter sido arregimentados por Policarpo, que pagou 4.000 reais para Francisco Manoel encher um ônibus com sem-terra na periferia de Brasília. O caso havia sido mostrado por VEJA duas semanas atrás. Agora, o deputado acusado confirma ter pedido a Marco Maia que interferisse junto à Polícia Legislativa.

"Não é função da Polícia Legislativa atuar em casos como esse. Se há denúncia de chantagem, o presidente Marco Maia e o próprio deputado Policarpo deveriam ter feito um pedido de investigação ao Ministério Público ou à Polícia Federal, que já vem acompanhando esse processo. Usar a Polícia Legislativa pode configurar abuso de poder e aparelhamento político", argumenta o líder do PPS, Rubens Bueno.

Após receber a denúncia, a Corregedoria da Câmara pode levar o caso adiante e pedir que o Conselho de Ética abra processo por quebra de decoro contra Marco Maia e Policarpo. Rubens Bueno também cogita recorrer à Justiça.

Fonte: Veja.com

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