CBF financia e cede Granja Comary
para peladas da PF
foto: Divulgação |
Ricardo Teixeira bancou com R$ 300 mil o congresso nacional da PF, no qual discursou; em seguida, liberou concentração da seleção para torneio amistoso de policiais |
Muy amigo! É o mínimo que se pode dizer do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em relação à Polícia Federal. Se, de um lado, a instituição é responsável pelas investigações sobre os crimes dos quais Teixeira é acusado na justiça brasileira, entre os quais lavagem de dinheiro, por outro ele cativa uma relação de proximidade com as pessoas e entidades que formam a corporação. Essa intimidade seria uma forma de ganhar proteção? Eis a pergunta que fica no ar.
Sabe-se agora, de acordo com reportagem do jornal Lance!, que a CBF foi uma das principais patrocinadoras de um congresso da Polícia Federal em 2009, tendo contribuído com R$ 300 mil a título de patrocínio. Não por coincidência, Teixeira, logo ele, foi um dos oradores do encontro, que tratava sobre questões como lavagem de dinheiro e crimes de corrupção. O acordo de patrocínio foi negociado diretamente entre o presidente da CBF e o delegado Valdir Lemos de Oliveira. Naquele tempo, Oliveira era era o primeiro-tesoureiro da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF). Hoje, ele é o encarregado de seguir a determinação do Ministério Público e abrir uma investigação contra Teixeira, supeito de lavagem de dinheiro. Logo após dar a verba da entiidade para a polícia, Teixeira, num gesto que agradou em cheio, como era de se esperar, os delegados, liberou a Granja Comary, sem cobrança de aluguel, para um torneio de futebol entre os policiais. As peladas aconteceram nos mesmos campos de treinamento e jogos-treinos da Seleção Brasileira.
O atual secretário de Segurança Pública do DF [e presidente da ADPF em 2009], Sandro Avelar, nega a existência de conflito de interesses. “Além da CBF, o congresso contou com o patrocínio de várias outras instituições conseguidas graças à importância dos vários temas tratados, entre eles o combate à corrupção, ao turismo sexual, à lavagem de dinheiro, à pirataria e à pedofilia”, rebateu. A ADPF também emitiu nota dizendo que não possui qualquer tipo de vínculo com a CBF e que não realizou nenhuma parceria com a entidade.
Fonte: Brasil 247
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