Filha de Joaquim Roriz diz que Agnelo bateu na porta do ex-governador, de madrugada, propondo uma aliança para as eleições de 2006; hoje ela vê Rollemberg e Reguffe, ao lado dela, como nomes promissores para 2014
Rebeca Seabra, sobre anotações de José Seabra
Em meio aos primeiros passos trôpegos do petista Agnelo Queiroz à frente do Palácio do Buriti, grupos suprapartidários começam a vislumbrar um cenário diferente para a capital da República em 2015. O sonho de jovens políticos, como o da deputada distrital Liliane Roriz (PRTB), é o de confiar o governo de Brasília a um brasiliense, para que o futuro do povo seja mais promissor.Entretanto, para que isso se transforme em realidade, é necessário viabilizar uma aliança capaz de sair vitoriosa das urnas em outubro de 2014, reconhece a deputada. E de aliança, a filha do ex-governador Joaquim Roriz parece entender. Até porque, política corre em suas veias; vem do berço.Quando o assunto é a sucessão de Agnelo, os olhos verdes de Liliane brilham com uma intensidade capaz de ofuscar a luz do Sol. Depois, mais realista, ela dirige um olhar distante para a vastidão do Planalto Central. Religiosa, lembra Dom Bosco, que previu jorrar daqui, leite e mel.- Mas para que haja leite e mel, é preciso que antes o povo tenha saúde, transportes, escola, habitação, cultura, lazer... Enfim, que tenha uma vida digna", se apressa a enfatizar a deputada, lembrando que, em termos políticos, já não há mais espaço para forasteiros em Brasília.Liliane almoçou com nosso diretor-editor José Seabra na sexta-feira 5. Foi uma conversa amena, toda em on. Ela disse de uma frustração e de uma decepção com Agnelo Queiroz; desviou a conversa quando o assunto foi Tadeu Filippelli; enalteceu a bravura e a força das mulheres nos dias atuais; apontou, ao lado do próprio nome, os de Rodrigo Rollemberg e Antônio Reguffe como grandes promessas para o Distrito Federal; e revelou o que é ser filha de Roriz, mãe, deputada, dona de casa e, claro, mulher como qualquer outra.O relato da conversa, os gestos da deputada, sua força de vontade, a perseverança, a expectativa de uma capital da República mais humana foram alinhavados e deixados ao lado do computador. A entrevista foi na sexta-feira 5. Neste domingo 7, em meio a um plantão atípico - e previamente autorizada -, tomei posse das anotações para produzir esta matéria.Em linhas gerais, seguem alguns trechos extraídos da conversa do jornalista José Seabra com a deputada Liliane Roriz:Sobre Agnelo Queiroz - Quando era ministro do Esporte, o hoje governador bateu na porta de Joaquim Roriz, no Park Way. A conversa se estendeu pela madrugada. Agnelo foi propor a Roriz uma aliança nas eleições de 2006. Queria sair candidato ao governo pelo PCdoB e esperava ter o apoio do governador. Roriz ofereceu a vice, com Maria de Lourdes Abadia cabeça-de-chapa.As negociações, conta Liliane, não avançaram a partir desse impasse. Outros encontros se seguiram, até que Agnelo, convencido de que não conseguiria dobrar Roriz, comunicou ao governador que concorreria à única vaga ao Senado em disputa naquele ano. O governador tentou dissuadir o ministro, mas Agnelo não se deixou convencer. Na última vez em que se viram, dias antes de ser deflagrada a campanha, os dois contendores se despediram com o famoso que vença o melhor. Deu Roriz.A frustração: ao chegar na casa do pai, naquela madrugada fria de 2006, Liliane cruzou com Agnelo na garagem, que saía apressado. Admiradora do então ministro (até porque, é uma desportista) a deputada se sentiu frustrada por não ter a oportunidade de falar justamente sobre esportes, pois ela é fã de vôlei, basquete, caminhada, , hipismo...A decepção: como governador, Agnelo está travado. Ele não cumpre nada do que sinalizou durante a campanha. As ações prometidas para as áreas de saúde, educação, transportes, educação... em síntese, o lado social do governo, não saíram do papel. Como médico, em particular, ele poderia dar um choque de gestão nos hopitais, mas nada fez. Pelo vazio do governo e pela postura dele na campanha, Liliane dá cartão vermelho a Agnelo.Sobre Tadeu Filippelli - O Nelson (é assim que Liliane se refere ao vice-governador Nelson Tadeu Filippelli, de quem foi dama de honra no casamento) tem muito o que ensinar a quem gosta de jogo duplo. É a única pessoa, diz a deputada, capaz de servir a Deus e ao Diabo. O inferno está cheio de gente com boas intenções. E esse é o destino do vice-governador, por seu passado, pelo presente e pelo futuro obscuro, sustenta Liliane, com um sorriso enigmático.Sobre eleições em 2014 - É a vez de os filhos de Brasília administrarem o Distrito Federal. Embora reconheça que é cedo para falar em nomes, Liliane promete oferecer o dela no momento oportuno e vê com otimismo uma virtual aliança unindo gente nova como ela ao lado do senador Rodrigo Rollemberg (PSB) e do deputado Antônio Reguffe (PDT). Da safra mais antiga, ela cita a deputada Eliana Pedrosa (DEM), sua colega de oposição ao governo Agnelo na Câmara Legislativa.A deputada se diz consciente de que tudo isso dependerá de uma ampla costura, mas não esmorece. Revela que costuma realizar seus sonhos, e promete, enfática, que vai marchar com quem estiver compromissado com Brasília.Mas o caminho para o Palácio do Buriti em 2014, observa Liliane, passará forçosamente pela mesma estrada que leva ao Palácio do Planalto. Ou, em outras palavras, para se chegar ao governo do Distrito Federal no próximo pleito é preciso estar aliado a sangue novo no cenário nacional.A aliança, portanto, deve envolver Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (ex-PV, em busca de uma nova legenda) e Eduardo Campos (PSB). Coincidentemente, três próceres da política brasileira que sonham com uma sociedade mais justa. O governador pernambucano é representado em Brasília por Rollemberg; a ex-candidata verde, começa a se aproximar de Reguffe, em quem vê um porto seguro para os votos na capaital da República. E o senador tucano de Minas Gerais? Liliane disfarça, mesmo dando sinais de que poderá pousar no tempo certo no ninho do ex-governador mineiro.A força da mulher - Na avaliação de Liliane Roriz, a mulher brasiliense representa uma grande alavanca no cenário político, social e econômico. Mais atuante, liberal, consciente do que deseja, o sexo frágil é mais forte do que se possa imaginar. Ninguém deve se iludir com as mulheres. Nós somos fortes, sabemos onde pisar, onde chegar, sublinha a deputada.Deputada e mãe - Filha do ex-governador Joaquim Roriz constantemente citado nas mais diferenetes denúncias como administrador público, Liliane garante que seu rumo é outro, seu jeito de fazer política difere muito da imagem que associam ao pai dela.É uma espécie de patinho feio no seio rorizista. Não é mulher de fazer negócios envolvendo dinheiro público.Não se sabe se é lenda, mas conta-se que quando o pai estava no Buriti, ela era procurada por amigos que pediam uma ajuda na aprovação de determinados projetos ou para inteferir em defesa de inúmeros pleitos. Nessas ocasiões, Liliane era enfática. Sou filha dentro de casa. No Buriti, sou apenas eleitora, garante gente que ouviu isso dela.Na Câmara Legislativa, para onde foi conduzida por mais de 20 mil eleitores, Liliane Roriz é uma espécie de bastião da moralidade. Respeita e é respeitada. E em determinadas ocasiões, no calor do debate, é mesmo temida por seus adversários. Lá ela já travou discussões históricas com os petistas. Não leva desaforo para casa. É das que considera que não se deve deixar para amanhã o que se pode fazer hoje.Liliane não é de fazer oposição simplesmente por fazer. Coerente, sabe que há de se respeitar matérias de interesse do povo. Povo, aliás, que já tem frutos para colher por iniciativa dela, como o desconto para quem pagar a vista o IPTU, um projeto de iniciativa da deputada prestes a ser sancionado pelo governador.Fora da Câmara, ela é Liliane, uma mulher que vai a mercado, feira, shopping. É reconhecida nas ruas. Beijada, abraçada, sorri. Sabe que, por seus gestos, está lavando a alma da família. Prometeu a si mesma resgatar o sobrenome Roriz. Talvez pensando em 2014, quem sabe para marchar ao lado de Rollemberg, Reguffe e Eliana Pedrosa. Ou ter os três empurrando a candidatura dela ao Buriti.
Fonte: Blog DO Edson Sombra
Em meio aos primeiros passos trôpegos do petista Agnelo Queiroz à frente do Palácio do Buriti, grupos suprapartidários começam a vislumbrar um cenário diferente para a capital da República em 2015. O sonho de jovens políticos, como o da deputada distrital Liliane Roriz (PRTB), é o de confiar o governo de Brasília a um brasiliense, para que o futuro do povo seja mais promissor.Entretanto, para que isso se transforme em realidade, é necessário viabilizar uma aliança capaz de sair vitoriosa das urnas em outubro de 2014, reconhece a deputada. E de aliança, a filha do ex-governador Joaquim Roriz parece entender. Até porque, política corre em suas veias; vem do berço.Quando o assunto é a sucessão de Agnelo, os olhos verdes de Liliane brilham com uma intensidade capaz de ofuscar a luz do Sol. Depois, mais realista, ela dirige um olhar distante para a vastidão do Planalto Central. Religiosa, lembra Dom Bosco, que previu jorrar daqui, leite e mel.- Mas para que haja leite e mel, é preciso que antes o povo tenha saúde, transportes, escola, habitação, cultura, lazer... Enfim, que tenha uma vida digna", se apressa a enfatizar a deputada, lembrando que, em termos políticos, já não há mais espaço para forasteiros em Brasília.Liliane almoçou com nosso diretor-editor José Seabra na sexta-feira 5. Foi uma conversa amena, toda em on. Ela disse de uma frustração e de uma decepção com Agnelo Queiroz; desviou a conversa quando o assunto foi Tadeu Filippelli; enalteceu a bravura e a força das mulheres nos dias atuais; apontou, ao lado do próprio nome, os de Rodrigo Rollemberg e Antônio Reguffe como grandes promessas para o Distrito Federal; e revelou o que é ser filha de Roriz, mãe, deputada, dona de casa e, claro, mulher como qualquer outra.O relato da conversa, os gestos da deputada, sua força de vontade, a perseverança, a expectativa de uma capital da República mais humana foram alinhavados e deixados ao lado do computador. A entrevista foi na sexta-feira 5. Neste domingo 7, em meio a um plantão atípico - e previamente autorizada -, tomei posse das anotações para produzir esta matéria.Em linhas gerais, seguem alguns trechos extraídos da conversa do jornalista José Seabra com a deputada Liliane Roriz:Sobre Agnelo Queiroz - Quando era ministro do Esporte, o hoje governador bateu na porta de Joaquim Roriz, no Park Way. A conversa se estendeu pela madrugada. Agnelo foi propor a Roriz uma aliança nas eleições de 2006. Queria sair candidato ao governo pelo PCdoB e esperava ter o apoio do governador. Roriz ofereceu a vice, com Maria de Lourdes Abadia cabeça-de-chapa.As negociações, conta Liliane, não avançaram a partir desse impasse. Outros encontros se seguiram, até que Agnelo, convencido de que não conseguiria dobrar Roriz, comunicou ao governador que concorreria à única vaga ao Senado em disputa naquele ano. O governador tentou dissuadir o ministro, mas Agnelo não se deixou convencer. Na última vez em que se viram, dias antes de ser deflagrada a campanha, os dois contendores se despediram com o famoso que vença o melhor. Deu Roriz.A frustração: ao chegar na casa do pai, naquela madrugada fria de 2006, Liliane cruzou com Agnelo na garagem, que saía apressado. Admiradora do então ministro (até porque, é uma desportista) a deputada se sentiu frustrada por não ter a oportunidade de falar justamente sobre esportes, pois ela é fã de vôlei, basquete, caminhada, , hipismo...A decepção: como governador, Agnelo está travado. Ele não cumpre nada do que sinalizou durante a campanha. As ações prometidas para as áreas de saúde, educação, transportes, educação... em síntese, o lado social do governo, não saíram do papel. Como médico, em particular, ele poderia dar um choque de gestão nos hopitais, mas nada fez. Pelo vazio do governo e pela postura dele na campanha, Liliane dá cartão vermelho a Agnelo.Sobre Tadeu Filippelli - O Nelson (é assim que Liliane se refere ao vice-governador Nelson Tadeu Filippelli, de quem foi dama de honra no casamento) tem muito o que ensinar a quem gosta de jogo duplo. É a única pessoa, diz a deputada, capaz de servir a Deus e ao Diabo. O inferno está cheio de gente com boas intenções. E esse é o destino do vice-governador, por seu passado, pelo presente e pelo futuro obscuro, sustenta Liliane, com um sorriso enigmático.Sobre eleições em 2014 - É a vez de os filhos de Brasília administrarem o Distrito Federal. Embora reconheça que é cedo para falar em nomes, Liliane promete oferecer o dela no momento oportuno e vê com otimismo uma virtual aliança unindo gente nova como ela ao lado do senador Rodrigo Rollemberg (PSB) e do deputado Antônio Reguffe (PDT). Da safra mais antiga, ela cita a deputada Eliana Pedrosa (DEM), sua colega de oposição ao governo Agnelo na Câmara Legislativa.A deputada se diz consciente de que tudo isso dependerá de uma ampla costura, mas não esmorece. Revela que costuma realizar seus sonhos, e promete, enfática, que vai marchar com quem estiver compromissado com Brasília.Mas o caminho para o Palácio do Buriti em 2014, observa Liliane, passará forçosamente pela mesma estrada que leva ao Palácio do Planalto. Ou, em outras palavras, para se chegar ao governo do Distrito Federal no próximo pleito é preciso estar aliado a sangue novo no cenário nacional.A aliança, portanto, deve envolver Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (ex-PV, em busca de uma nova legenda) e Eduardo Campos (PSB). Coincidentemente, três próceres da política brasileira que sonham com uma sociedade mais justa. O governador pernambucano é representado em Brasília por Rollemberg; a ex-candidata verde, começa a se aproximar de Reguffe, em quem vê um porto seguro para os votos na capaital da República. E o senador tucano de Minas Gerais? Liliane disfarça, mesmo dando sinais de que poderá pousar no tempo certo no ninho do ex-governador mineiro.A força da mulher - Na avaliação de Liliane Roriz, a mulher brasiliense representa uma grande alavanca no cenário político, social e econômico. Mais atuante, liberal, consciente do que deseja, o sexo frágil é mais forte do que se possa imaginar. Ninguém deve se iludir com as mulheres. Nós somos fortes, sabemos onde pisar, onde chegar, sublinha a deputada.Deputada e mãe - Filha do ex-governador Joaquim Roriz constantemente citado nas mais diferenetes denúncias como administrador público, Liliane garante que seu rumo é outro, seu jeito de fazer política difere muito da imagem que associam ao pai dela.É uma espécie de patinho feio no seio rorizista. Não é mulher de fazer negócios envolvendo dinheiro público.Não se sabe se é lenda, mas conta-se que quando o pai estava no Buriti, ela era procurada por amigos que pediam uma ajuda na aprovação de determinados projetos ou para inteferir em defesa de inúmeros pleitos. Nessas ocasiões, Liliane era enfática. Sou filha dentro de casa. No Buriti, sou apenas eleitora, garante gente que ouviu isso dela.Na Câmara Legislativa, para onde foi conduzida por mais de 20 mil eleitores, Liliane Roriz é uma espécie de bastião da moralidade. Respeita e é respeitada. E em determinadas ocasiões, no calor do debate, é mesmo temida por seus adversários. Lá ela já travou discussões históricas com os petistas. Não leva desaforo para casa. É das que considera que não se deve deixar para amanhã o que se pode fazer hoje.Liliane não é de fazer oposição simplesmente por fazer. Coerente, sabe que há de se respeitar matérias de interesse do povo. Povo, aliás, que já tem frutos para colher por iniciativa dela, como o desconto para quem pagar a vista o IPTU, um projeto de iniciativa da deputada prestes a ser sancionado pelo governador.Fora da Câmara, ela é Liliane, uma mulher que vai a mercado, feira, shopping. É reconhecida nas ruas. Beijada, abraçada, sorri. Sabe que, por seus gestos, está lavando a alma da família. Prometeu a si mesma resgatar o sobrenome Roriz. Talvez pensando em 2014, quem sabe para marchar ao lado de Rollemberg, Reguffe e Eliana Pedrosa. Ou ter os três empurrando a candidatura dela ao Buriti.
Fonte: Blog DO Edson Sombra
Nenhum comentário: