O lobista Júlio Fróes chamado nas rodas de “professor”, usa um método sujo....
A revista Veja, em sua última edição, trouxe à tona um personagem que circula na Esplanada dos Ministérios, em alguns gabinetes ministeriais e nas altas esferas empresariais da Capital Federal. Trata-se do lobista Júlio Cesar Fróes Fialho, com perfil psicopata, que a revista semanal não teve tempo de apurar com profundidade, porque o repórter Rodrigo Rangel foi agredido violentamente pelo doente no Restaurante Beirute, em Brasília, freqüentado pelos intelectuais cabeças feita do Centro-Oeste.
Júlio Fróes, chamado nas rodas de “professor”, usa um método sujo. Aproveita-se de um diploma em psicanálise, que ninguém nunca viu, para extrair de amigos e clientes confissões e desabafos conseguidos através da confiança depositada na tal terapia. Transforma todos ao seu redor em pacientes. Fróes não dá um passo sem calcular. Tudo que se confessa a ele é minuciosamente gravado para ser usado posteriormente em alguma forma de chantagem.
Júlio Fróes é um aficionado em esportes radicais. Pratica pára-quedismo e motociclismo. O “doutor” gosta de viver perigosamente.
Sua estratégia é doentia. Desde cedo, Júlio dá trabalho aos pais. Na década de 80, esteve nas suas garras, uma ainda menina, irmã de um dos políticos mais conceituados do Ceará. Fróes teve de se esconder por quase dois anos na fazenda de seus familiares em Paracatu, Minas Gerais, porque estava jurado de morte. O motivo: o envolvimento de Fróes com as drogas, coisa que, aliás, não conseguiu se livrar até hoje.
Não foram poucas as vitimas do “doutor” Fróes. O secretário-executivo Milton Ortolan, braço-direito do ministro da Agricultura Wagner Rossi, revelou para o “falso médico”, em “terapia”, métodos pouco ortodoxos que envolvem também o ministro Wagner Rossi. Aí, começou a chantagem. Fróes colocou sua filha Nayara Paiva de Almeida na Ouvidoria da Agricultura tornando a jovem íntima de Ortolan e Rossi.
Nayara Paiva de Almeida é filha de uma agente da Polícia Federal que já fez parte da segurança da Presidência da República, fato que, aliás, Fróes usa freqüentemente para aliciar suas vítimas. Revelando a “sua intimidade” e seus conhecimentos “secretos”, o “doutor” “garante” aos clientes o sigilo de suas confissões.
Júlio Fróes tem boa aparência, é inteligente e freqüenta a alta sociedade. Em Brasília, usa o Clube de Golfe, praticando um dos mais selecionados esportes do mundo, para se aproximar de políticos e empresários que tem relações com o Governo.Nayara Paiva ocupa cargo chave para os “negócios” de Fróes. Na Ouvidoria colhe informações as quais seu pai usa para chantagear e extorquir os envolvidos com o Governo, a partir de suas seções de “terapia”. Nada escapa do “doutor”.
Entre as vitimas um político do DF, que num desabafo revelou ao “amigo/doutor” um relacionamento extraconjugal. Fróes não hesitou em chantageá-lo, ameaçando contar tudo para a esposa ciumenta durante a campanha para deputado distrital. Detalhe: Fróes chegou a ser contratado como consultor durante a campanha e fazia as ameaças, que só cessaram com o roubo feito pelo próprio Fróes do pagamento de funcionários da campanha.
Outro Ministério que Fróes circula com desenvoltura é o da Educação. Desde 2006, ele opera com a sigla IAESPE – Instituto Antares de Ensino Superior e Projetos Educacionais. Fróes criou a Sociedade de Educação Superior – especializada em ensino à distância em graduação e pós-graduação, para ser vendida. Um negócio que só passou a existir no papel em 11/03/2009, com o CNPJ 10.697.284/0001-70, situado em Sorocaba, São Paulo.
Recentemente Fróes sentou com representantes dos grupos Mackenzie e UNIP para vender um mega projeto de Faculdades com ensino à distância para brasileiros residentes nos Estados Unidos.
Na Educação, o professor Fróes alcança com facilidade o ministro Fernando Haddad. No Congresso Nacional desfruta da intimidade do peemedebista carioca Eduardo Cunha, que tem como seu padrinho no Governo Dilma, o vice-presidente Michel Temer.
Fonte: Site Quid Novi por Mino Pedrosa
Golpes do "doutor"
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