Com histórias carregadas de sofrimentos e resistências, moradores da Estrutural agora contam com o “Ponto de Memória”. Este projeto tem como objetivo resgatar a historia desse território a partir da narrativa de cada morador que a vivenciou. Essa iniciativa é fundamental para a construção da identidade dessa região que se destaca pelos elevados índices de violência.
No sábado (4) aconteceu na quadra nove, a primeira reunião do museu vivo da Estrutural. Reunindo líderes locais e pessoas que acompanharam a história da região desde o inicio, ela contou também com uma emocionante roda de memória em que várias pessoas tiveram oportunidade de contar sua história e conseqüentemente a da Estrutural.
Essa ação tem o apoio do Instituto Brasileiro de Museus (ibram) e também das ONGs que atuam na região. Como por exemplo, “Mãos que Criam” que foi representada na reunião por seu presidente, Reginaldo Carvalho. Ele é um líder local, vive na Estrutural há 14 anos e destacou que a união e a fé foram determinantes para superar a resistência. Ressaltou também a importância desse projeto: “As pessoas que tanto lutaram e sofreram tem que registrar a historia desse lugar. Não podemos deixar que a história de nossas lutas por essa cidade se perca”, conta.
A Estrutural está a 20 minutos do centro de Brasília e já conta com 42 mil habitantes. É fundamental contar e registrar a historia da cidade muito bem localizada, que nasceu a partir de um lixão, sofreu repressão e sobreviveu. Ela está na lista de Territórios de Paz do Ministério da Justiça e é alvo de diversos projetos que buscam sua pacificação.
Moradores da Estrutural registram sua identidade
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