
Pouca gente já deve ter parado para pensar, mas garanto que a reflexão deste texto fará com que muitos mudem de opinião ou, pelo menos, comecem a olhar os taxistas de forma diferente.
Certamente são esses profissionais as primeiras pessoas que encontramos quando chegamos em uma cidade. Claro. Viajando de avião, de ônibus, ou mesmo de carro, quando chegamos em um lugar desconhecido, a primeira coisa que procuramos é alguém que conheça a fundo a cidade para pegarmos todas as informações, os detalhes, os horários. Por isso, são os taxistas uma espécie de “guia vivo” de nossas cidades.
Em Brasília não é diferente. Cidade onde muita gente passa rapidamente, a quem recorrer para saber qual o melhor hotel, o melhor restaurante, o horário em que o Memorial JK funciona e até mesmo onde encontrar uma boate mais descolada para curtir a noite? Se é tempo de férias, ou se a estadia vai durar mais de uma semana, é comum até uma “amizade” com o taxista, que certamente ficará encarregado do leva e trás durante esses dias por toda a cidade.
Mas é certo também que esses profissionais, que conhecem cada beco do Distrito Federal como a palma de suas mãos, não podem ser ignorados pelas políticas públicas, pelo governo, pelas entidades que os defendem. Taxista feliz é, sem dúvidas, sinônimo de turista satisfeito.
No aeroporto, na rodoviária ou mesmo nos postos onde aguardam chamados para as corridas, os taxistas, ou “guias vivos” de Brasília são como mapas ambulantes da Capital. São eles que saberão dizer, exatamente, cada detalhe que os turistas precisam saber sobre a cidade para que suas viagens não se tornem verdadeiros tormentos. Em alguns lugares do Brasil, os recém-chegados nas cidades não abrem mão do cartãozinho, telefone e claro, dicas exclusivas dos taxistas.
Nenhum preço passa despercebido. Nenhum sabor é ignorado. Não há reclamação que não seja registrada por esses “guias ao volante” e que, de uma forma ou de outra, podem ser repassadas para o próximo cliente, e o próximo, e o próximo. Nessa linha de raciocínio, o poder inclusive de propaganda e marketing (boca a boca) destes profissionais é singular.
Uma cidade que tem seus taxistas com seus direitos assegurados e que os trata com respeito, não tem a perder, só a ganhar. Ganha, além de profissionais gabaritados para um serviço de tanta importância, guias turísticos, marqueteiros, e mais que isso: amigos. Pois eles podem, com toda certeza, se transformarem nos melhores amigos de uma cidade.
Nossos guias ao volante
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