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Cezar Britto lembra que Arruda também já se envolveu em outros escândalos
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, classificou de "davastadora" a imagem do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) recebendo um pacote de dinheiro. O DVD, que veio a público no último sábado (28/11), consta do inquérito da Polícia Federal que apura um suposto esquema de corrupção envolvendo diretamente o governador, secretários e deputados distritais. Para Britto, se as denúncias forem confirmadas, o único caminho a ser seguido é o impeachment de Arruda. "A imagem do governador sentado em uma cadeira recebendo um pacote de dinheiro é devastadora", disse Britto que convocou para amanhã (30/11) uma reunião com a presidente da Seccional, Estefânia Viveiros, na sede do Conselho Federal da OAB, para avaliar a crise no governo. Britto comparou as denúncias ao caso de corrupção envolvendo o ex-presidente do Peru Alberto Fujimori e o seu ex-chefe de Inteligência Vladimiro Montesinos. Fujimori foi condenado a sete anos e seis meses de prisão por ter pago US$ 15 milhões a Montesinos, em setembro de 2000. O presidente nacional da OAB lembrou que esta não é a primeira vez que Arruda é envolvido em escândalo. Em 2001, ele teve que renunciar ao mandato de senador da República no episódio do painel de votação eletrônico. Arruda chegou a chorar na frente às câmeras de televisão na ocasião, dizendo: "Não matei, não roubei e não desviei recursos públicos". Em 2001, quando foi acusado de violar o painel eletrônico de votação do Senado, Arruda também teve uma estratégia inicial de ficar no cargo. Foi até a tribuna da Casa e jurou pelos próprios filhos que era inocente. Quando as evidências se avolumaram, acabou renunciando. Na sexta-feira (27/11), a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora e identificou um suposto e complexo esquema de corrupção envolvendo Arruda, o vice governador Paulo Octávio, o presidente da Câmara Legislativa, deputado Leonardo Prudente, além de secretários do governo. Pelas investigações, existiria um "mensalão" que arrecadou cerca de R$ 600 mil com empresas privadas, que seriam repassados para colaboradores. As denúncias levaram Arruda a afastar oito de seus assessores diretos. Imagens gravadas pela Polícia Federal em DVD mostram o governador recebendo dinheiro das mãos do assessor Durval Barbosa - responsável pelas acusações e parte das informações repassadas aos policiais. Desde de setembro deste ano, tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça) o processo de investigação sobre o suposto esquema de corrupção e distribuição de recursos. Porém, segundo o presidente do PT no Distrito Federal Chico Vigilante, as denúncias são mais antigas e tiveram início na campanha do ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz - hoje adversário de Arruda, mas seu aliado no

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