Por: Deputado e presidente do PRB Jovem Nacional, Evandro Garla (PRB-DF)
Basta ligar a televisão, abrir o jornal, acessar a internet ou passar na área central do Distrito Federal, onde existem cerca de dois mil usuários de crack, para nos depararmos com essa realidade cruel e doente, que a sociedade está enfrentando.
É notório que o crack não escolhe suas vítimas por classe social, sexo ou idade. Sabemos que adolescênciaé um momento marcante na vida, mas também conturbado. Nessa fase, o jovem não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto. É um momento de transição e afastamento da família, tornando-os mais vulneráveis a experimentar, por curiosidade ou auto-afirmação, o crack.
O encontro do adolescente com o crack é muito mais frequente do que se imagina e, por sua complexidade, difícil de ser abordado e controlado. Além disso, os jovens contribuem diretamente para o tráfico do crack, que está diretamente relacionado com os altos índices de homicídios registrados nas grandes cidades.
O crime ocorre quando o usuário já não consegue mais pagar a dívida que vai se acumulando. A disputa por pontos de vendas também gera confrontos armados entre quadrilhas que, em geral, produzem resultado fatal.
O crescimento de acerto de contas entre usuários adolescentes e traficantes, que resulta em óbito está se tornando uma prática mais freqüente do que se é divulgado pelos veículos decomunicação. O que nos faz pensar: se continuarmos inertes a essa realidade, teremos juventude? Afinal, eles estão morrendo de maneira torpe e cruel.
Muito já foi escrito, debatido e divulgado acerca dessa mazela, mas enquanto não houver uma união de forças entre sociedade, entidades civis, militares, igrejas e o Estado funcionando como mecanismo regulador, vamos continuar vendo nossa juventude, abandonando seu futuro, sua família e sua vida, pois nossos jovens estão morrendo.
Estou comprometido com a juventude e acredito no potencial dessa faixa etária da sociedade, que sonha, age e conquista seu espaço. É inadmissível perder esses talentos para o crack.
Ainda acredito que os jovens são o futuro dessa nação, isso não é frase feita é uma constatação lógica, mas para que possamos contar com nossa juventude no futuro, precisamos protegê-los, mostrar o rumo certo no presente e garantir o cumprimento da garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, conforme está disposto no ECA- Estatuto da Criança e Adolescente.
Contra o crack só existe uma solução: a união da força de todos no combate contra essa epidemia e um trabalho maciço e freqüente na prevenção.
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Flávia Rezende
Assessora de Imprensa- Dep. Evandro Garla
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