Anderson Souza
anderson.souza@clicabrasilia.com.br
Oito edificações irregulares foram demolidas durante operação conjuta da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) e da Secretaria de Estado da Ordem Pública e Social (Seops) ocorrida na manhã desta quarta-feira (18), em Vicente Pires. A operação teve início às 9h e terminou por volta das 13h30. Por causa da ação, moradores fecharam a via Estrutural durante quatro horas em forma de protesto. Eles queimaram pneus e madeiras para bloquear a passagem dos carros. Eles alegam que as casas derrubadas não estavam em área pública e nem em área de proteção ambiental.
A primeira ação ocorreu na chácara 192, da rua 8, onde duas edificações foram removidas, sendo uma de madeira e uma em alvenaria. A Seops informou que além das construções, 220 metros lineares de muros e uma fossa foram removidos. Já na chácara 126 B, na rua 10, seis edificações em alvenaria foram removidas.
Alguns moradores da região que acompanhavam a ação demonstraram estar muito inconformados com a situação. Cerca de 30 policiais militares bloquearam a entrada do condomínio para que os civis não invadissem o local e atrapalhassem o andamento da operação. No entanto, os moradores contornaram o local e entraram no condomínio por outro caminho. Mas eles foram retirados rapidamente para que a ação continuasse sem transtornos.
Um dos proprietários de uma das casas, que não quis se identificar, o ocorrido foi inesperado. “Não recebemos nenhuma notificação. Amanhã mesmo, eu já ia trazer minha família para morarmos aqui”, diz. Porém, segundo a Seops, não há a necessidade de notificações quando as construções são feitas em áreas públicas, como foi o caso. Ainda de acordo com a Seops, a área do condomínio 192 pertence à Terracap e a do condomínio 126 B é propriedade da União.
A área pertencente à União se encontra em processo de regularização, no entanto, novas construções e reformas estão proibidos por conta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2006 entre o Governo do Distrito Federal e o Ministério Público do DF.
Segundo as informações, uma reunião ocorrerá nos próximos dias para que seja decidido a próxima ação na região.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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